A agência russa de notícias ITAR-TASS está relatando algo tão surpreendente que eu tenho dificuldade em acreditar: cosmonautas descobriram microrganismos no exterior da Estação Espacial Internacional. Os cientistas russos estão chocados com essa descoberta e não conseguem explicar como isso é possível.
De acordo com Vladimir Solovjev, chefe da missão russa na ISS, estes resultados “são absolutamente únicos”:
Encontramos vestígios de plâncton marinhos e partículas microscópicas na superfície do iluminador. Isso deve ser estudado mais a fundo.
Por enquanto, a agência espacial russa não sabe explicar como plâncton marinho acabou surgindo na estação espacial. Eles descartam a possibilidade de espaçonaves levarem os microrganismos até lá.
A única explicação deles é que as correntes atmosféricas poderiam estar levantando estas partículas do oceano até a estação, a 330 km de altitude, o que parece absolutamente louco para mim:
O plâncton nestas fases de desenvolvimento pode ser encontrado na superfície dos oceanos. Isto não é típico para o Baikonur. Isso significa que há algumas correntes de ar que atingem a estação e se estabelecem sobre a superfície.
Os microrganismos foram encontrados em amostras coletadas pelos cosmonautas durante uma caminhada espacial. Foi uma surpresa completa ao analisá-las, pois eles só esperavam encontrar os contaminantes produzidos por motores de naves espaciais, que levam e trazem recursos e pessoas.
Não está claro se os organismos estavam crescendo ou se multiplicando mas, se confirmada, esta descoberta pode dar ainda mais credibilidade à teoria de que a vida orgânica pode ter se espalhado pelo espaço viajando em cometas e asteroides. [ITAR-TASS]
Imagem de diatomáceas pelo professor Gordon T. Taylor, Stony Brook University
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