Por Alexandre Gera, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Divisão de Aplicativos da Sonda IT, integradora que provê soluções de tecnologia de ponta a ponta.
Em um ano em que e Copa do Mundo de futebol será realizada no Brasil, mesmo sem saber ainda se nosso país será campeão, apesar da torcida de todos, os profissionais da área de Comércio Exterior já podem comemorar. Visivelmente, o Governo tem tomado medidas para modernizar o setor, pelo menos em relação aos softwares.
Algumas operações, como o Registro de Exportação (RE) e o SISCOSERV, sistema que registra o comércio exterior de serviços, intangíveis e outras operações que variem o patrimônio, só são acessados via Internet. Outro ponto a favor da administração pública é que sistemas considerados não tão modernos como o Siscomex Importação, usado para registrar as importações de mercadorias para o país, estão em fase de migração para o ambiente web também. Os dados da maioria desses sistemas, independente das tecnologias adotadas atualmente pelo Governo, estão disponíveis e consolidados no site do MDIC (Ministério da Indústria e Comércio Exterior) e com fácil acesso!
Todas essas atualizações tecnológicas entregam para os importadores e exportadores grandes ganhos a médio e longo prazo porque, em um primeiro momento, os operadores são obrigados a se atualizar, envolvendo custos com a tecnologia em si, como desenvolvimento e compras de novos hardwares ou até licenças de uso, e, também, com os recursos humanos, já que funcionários precisarão ser deslocados do seu dia a dia para homologarem os upgrades das versões e as novas maneiras de registrarem seus processos de Comex.
Isso sem contar as pré-análises e consultorias prestados por terceiros para auxiliar as empresas a terem uma visão de como seus dados serão interpretados pelo Governo, vide Receita Federal e outros. E é claro que não há como negar que muitos desses avanços foram feitos a passos lentos e que ainda existem focos com urgência de ação, como aumentar a profundidade dos portos brasileiros para os navios atracarem ou, ainda, a precária estrutura de alguns aeroportos.
O fato é que neste ano de 2014, o MDIC, em conjunto com o Serpro, empresa de processamento de dados do Governo Federal que também desenvolve os sistemas como NOVOEX e SISCOSERV, lançaram um portal, interligando ainda mais todos esses sistemas, leis e informações.
Ele pode ser acessado por qualquer pessoa física ou jurídica e direciona o usuário para outros sistemas, relatórios sobre a balança comercial, dúvidas, leis, etc. Neste endereço.
Esse posicionamento federal traz um pouco de segurança para a iniciativa privada, que procura sempre operar seus softwares de negócios sem parecer uma “colcha de retalhos”, com interfaces utilizando troca de arquivos ou “agenda com data e hora para migrar os dados”, reforçando uma frase superinteressante que já ronda o mercado que é: “Tem que conectar, não basta compartilhar ou somente comunicar!”.
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