A democracia corintiana foi o tema do meu trabalho de conclusão do curso de jornalismo da Universidade Metodista da São Paulo, que fica na verdade em São Bernardo, nos idos de 2002. Pra quem não sabe, trata-se de um movimento que rolou no início dos anos 80 onde os jogadores subvertiam concentração, escalavam coletivamente a equipe que ia entrar em campo, ajudavam a escolher reforços e, enfim, mandavam na porra toda. Mas todos ao mesmo tempo valendo-se do voto.
Por um tempo, o Parque São Jorge, casa do meu amado Corinthians, era o único lugar no Brasil inteiro onde havia democracia. Isso, pra mim, é e sempre será maior que qualquer Libertadores.
O documentário Democracia em Preto e Branco quer retratar exatamente o período onde esse fenômeno aconteceu, com todos os personagens que encarnavam, inclusive, outros movimentos da época, como o nascimento de diversas bandas protagonistas do rock nacional e as Diretas Já.
Ano passado a produção do filme, uma iniciativa do diretor Pedro Asbeg e do produtor executivo Gustavo Gama Rodrigues, entrevistou gente do naipe de Sócrates, Casagrande, Juca Kfouri, Washington Olivetto, Marcelo Rubens Paiva e Roger Moreira, do Ultraje a Rigor. Esse ano, pra arrematar as gravações que faltam, os caras estão se valendo de doações no site Incentivador. Você dá grana e tem uma série de possibilidades de ser creditado no filme e, inclusive, pode ganhar prêmios.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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