Depois que comecei a trabalhar na teoria da pirâmide da felicidade percebi que, uma das maiores críticas que essa teoria sofreria, seriam de pessoas reclamando da dificuldade em alinhar dinheiro, talento, amor, autoconhecimento e propósito. Diriam que além de dar muito trabalho construir algo, como o que proponho na teoria, a “realidade” do mundo não permite a construção da felicidade. O que discordo totalmente. É só olhar em volta e se perguntar o que faz algumas pessoas ser felizes e outras não. Seriam eles felizardos ou abençoados? Certamente que não.
O que entendemos como realidade, não é efetivamente a realidade. Se pararmos por um momento e analisarmos como funcionamos, perceberemos que nós somos como grandes máquinas fotográficas. Quando enquadramos uma imagem, deixamos de enquadrar outras que estão fora do foco da lente. Pior que isso, somos máquinas fotográficas com memória. Identificamos aquilo que estamos enquadrando e categorizamos. Vemos a imagem de uma árvore e etiquetamos como árvore. Vemos a imagem de alguém mal vestido e etiquetamos aquela pessoa como pobre. Vemos alguém levantar a voz contra outra pessoa e etiquetamos a imagem como grosseria.
Na nossa defeituosa visão, não visualizamos que aquela não era somente uma árvore, mas uma laranjeira. Também não visualizamos que aquela pessoa mal vestida, era alguém que tinha acabado de perder todos os seus bens em um incêndio. E ainda não vemos, que a pessoa que gritava com a outra, estava reclamando os seus direitos após ter sido agredida fisicamente pela primeira. Nossa visão é curta, limitada e como ela, também limitada é a nossa motivação pela felicidade.
Se disserem que o negócio que queremos criar é impossível, cremos nessas pessoas. Se disserem que algo é bom porque um artista usa, confiamos nessa informação. Se disserem que alinhar dinheiro, amor e talento são para poucos afortunados, nos preocupamos somente em continuar o que já estávamos fazendo e perseguir somente um desses objetivos. Não importa no que acreditamos. O que importa, é que provavelmente podemos estar errados nisso.
Utilizar a pirâmide da felicidade, é ir contra a todos os conceitos firmemente estabelecidos na sociedade ocidental. É questionar tudo. É perguntar “por que” e “para que” para tudo o que acontece à nossa volta. Se a partir de hoje, você começar a questionar o que acontece na sua vida, enxergará que muita coisa não precisaria ser do jeito que é. Se o que buscamos é a felicidade, por que trabalhar forçosamente durante quarenta anos, lutando contra si mesmo, para conquistar mais pedaços de papel, uma casa nova ou talvez um carro novo?
Precisamos enfrentar e questionar essa “realidade”, pois o que ela tem feito até aqui, é nos afastar uns dos outros. Nossos filhos são educados a competir da mesma forma que nós fomos educados a isso. Isso é cruel. Nascemos únicos, mas nos tornamos padronizados. Entramos em uma tribo, depois em outra e assim percorremos todo o caminho da vida, tentando encontrar o nosso lugar. No fim, só o que encontramos, são lugares que não são nossos para apontar o dedo para aqueles que não estão nele. Não aproveitamos mais a vida, para refletir a respeito das coisas do mundo e fora dele. Na Grécia antiga, os sábios se reuniam para discutir sobre as coisas da terra e do céu. Eles eram pessoas comuns, que se reuniam tão somente para fazer aquilo que todo ser humano deveria fazer: pensar e refletir.
Nos dias de hoje, pensar ficou automático e refletir passou a ser atividade de desocupado. Nosso cérebro e nossa vida se automatizaram. Temos mais coisas e mais objetos. Temos tudo para “melhorar a nossa qualidade de vida”, enquanto o que vemos na realidade é uma deterioração completa do ser humano, individualizado e coletivo. E isso não acontece porque nos informamos mais sobre as coisas, mas porque banalizamos a informação e não percebemos mais nada.
A pirâmide da felicidade é um manifesto. Um manifesto a favor do equilíbrio perfeito de dinheiro, amor, talento, autoconhecimento e propósito. Ao mesmo tempo, em que é um manifesto contra o trabalho mal remunerado, uma vida sem amor, distante da família e sem prazer para viver. É um manifesto contra a falta de conhecimento sobre si mesmo e a falta de sentido de propósito do ser humano, que são as causas principais para a distorção da realidade. Cada pessoa tem a sua vida, mas não a examina e não sabe qual é o seu dever. A pirâmide da felicidade é isso. Ao mesmo tempo um manual para criar a felicidade e um manifesto contra a falta de autoconhecimento, que faz com que milhões de pessoas hoje não saibam a razão e nem para onde estão indo.
Nós não temos o direito de ser felizes. Nós temos o dever de sermos felizes. Nós temos o poder para criar a nossa felicidade. Basta ser humilde para questionar tudo o que sabe até hoje e passar a monitorar só uma vida: a sua própria. Só assim, aprendendo com nossos próprios atos, seremos felizes e poderemos nos dedicar aos outros, na construção de uma grande pirâmide para a humanidade.
Vamos insistir nisso insistidores, pois juntos, cada um, como seres humanos dotados de um potencial criador enorme, poderemos criar uma grande pirâmide da felicidade equilibrada e voltada para o bem comum. Este é o início desta construção. Bem-vindo.
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