Parto do princípio de que todo planejamento é estratégico e normalmente só penso em fazê-lo se realmente houver a intenção da implantação. Planejar é, ao pé da letra, pensar antes de fazer algo, avaliar cenários, circunstâncias, prós e contras, ambientes internos e externos, entre outras tantas variáveis.
Para ser objetivo ao título, vamos às dicas:
1. Criar um tipo de microplanejamento. Costumo fazer isso de maneira muito rápida e objetiva, a fim de economizar tempo e minimizar envolvimentos desnecessários. O velho 5W2H é um ótimo caminho.
What = O quê. Definição do projeto e das tarefas a se realizar. Who = Quem. Responsáveis por cada tarefa dentro do projeto. When = Quando. Prazos e projeções de tempo para cada tarefa. Where = Onde. Locais de atuação de cada responsável pelas tarefas dentro do projeto. Why = Por quê. Desafios e problemas detectados que validem a necessidade do projeto e de suas tarefas. How = Como. Habilidades e equipes envolvidas sob a liderança dos responsáveis por cada tarefa dentro do projeto. How Much = Quanto. Valor dos investimentos necessários para a condução de cada tarefa dentro do projeto.
2. Avaliado a primeira possibilidade e com as respostas previamente direcionadas, é imprescindível se fixar no who. Quem irá realmente tocar para frente este plano, quais as competências, suas características de liderança e principalmente resiliência e persistência para que possa controlar pessoas x aptidões x desafios x prazos. Definir este pivô pode, desde o início, definir a possibilidade diante do risco que é inerente a qualquer execução.
3. Definido quem irá executar, é muito importante pesquisar, buscar experiências vivenciadas, benchmark, cases de sucesso e insucesso, barreiras enfrentadas e começar o quanto antes a simular acontecimentos possíveis, possibilitando a criação de um plano de contingências.
4. Estabelecer com muito cuidado um ou dois advogados do diabo, profissional de bom senso, capacitado para questionar, com total independência, os pontos fracos do plano, possíveis acontecimentos ou reações na implantação.
5. Formatar um cronograma de tempo, custos e acontecimentos, compartilhado com todos os líderes que estarão envolvidos no projeto.
6. Após o início, estabelecer um auditor do projeto, alguém com visão capaz e suficiente para informar ao gestor e grupo a rota, prazos e percepções.
7. Estabelecer um modelo de avaliação de resultados quanto à execução do planejamento, resultados e acontecimentos. Esta é a única e melhor forma de evolução dos profissionais envolvidos e a empresa contratada.
Bem, estas sete dicas acredito que são orientadoras no processo de construção e definição de um bom planejamento que pode ser aplicado a diversos segmentos.
Procurei não entrar em nenhum ponto técnico, pois as variáveis seriam enormes e poderiam prejudicar a orientação em algum segmento específico. Por último, quero deixar claro que resultados dependem de 10% de inspiração e 90% de transpiração. Somente a atitude real irá construir e somente os erros levarão aos aprendizados capazes de gerar acertos.
E então, mãos à obra?