Jorge Tarasuk começou o debate com a equipe da PepsiCo dizendo como a geração dele ainda resiste em usar as mídias sociais como ferramentas profissionais. “Ainda hoje eu vejo gente da minha geração relutando em usar email”, disse. Mas eles concordam que as redes estão mudando as relações dentro das empresas e é preciso se adaptar à rapidez com que o conteúdo (profissional ou não) passa de um colaborador para outro. “Você coloca todo mundo no seu Facebook, desde o presidente até o estagiário. E isso faz com que você se arrisque mais”, explicou Thais Rua.
Porém, o vice-presidente Jorge explica que essas mudanças não devem abolir as regras tradicionais entre os funcionários: “O fato de o sujeito estar escondido atrás de uma rede social não lhe dá o direito de ofender ninguém”. Mas será que é mais fácil falar através da web? Flávia Rocha diz que sim: “Na rede social eu posso escrever, apagar e reescrever antes de mandar. Para dizer pessoalmente eu tenho que falar na hora, é mais complicado”.
Mesmo com a tendência de trabalho colaborativo, um dos fatores mais relevantes nessa hora é o cargo da pessoa com quem você precisa falar e as consequências que a sua mensagem pode gerar. Martina Muller diz porque: “É mais fácil falar pelo Facebook, até porque, quando a pessoa responder, você também vai ter seu tempo para pensar. Mas hoje não é tão fácil falar como era antigamente”. E isso começa antes mesmo de o funcionário ser contratado. Gustavo Miranda lembrou como as mídias sociais estão presentes nos processos de seleção e recrutamento: “O cara vai olhar seu Facebook e seu currículo e ver se as coisas combinam”.
“Você coloca todo mundo no seu Facebook, desde o presidente até o estagiário. E isso faz com que você se arrisque mais” – Thais Rua