Pioneira na disseminação e fomento de negócios de impacto social no Brasil, a Artemisia anunciou 12 startups que iniciaram o processo de aceleração de três meses em agosto. A organização seleciona e acelera empresas que oferecem, de forma intencional, soluções escaláveis para problemas sociais para a população de baixa renda. Na área da Educação, as empresas que integram a nova turma de startups aceleradas são Alpha Lumen, Casa Cuca, Coruja Educação, Eruga, Guten, Primeiro Livro, Projeto Artesão e Sinapse Virtual; em Saúde, Meplis, Multiorto e Tá.Na.Hora; e, em Tecnologia de Pesquisa e Avaliação de Impacto, a empresa MGov.
Nos últimos três anos, a Artemisia articulou, com o programa Aceleradora, R$ 28,7 milhões para 47 negócios acelerados, que tiveram um aumento de 79% de receita; 53% dos negócios acelerados receberam investimentos. O programa Aceleradora da Artemisia é hoje o que tem o melhor track record do país e possui 89% dos negócios acelerados ativos; negócios que beneficiam mais de 1,8 milhão de pessoas. O objetivo do programa Aceleradora – segundo Renato Kiyama, diretor de aceleração da Artemisia – é potencializar a próxima geração de empreendedores que irá transformar o país.
Entre os critérios da seleção destacam-se negócios criados por empreendedores com intenção genuína de mudar o Brasil para melhor, com histórico de realizações e capacidade para atrair talentos e desenvolver uma equipe consistente para atuar em negócios de impacto social focados em saúde, educação, serviços financeiros, habitação, empregabilidade e tecnologia assistiva. Os produtos e serviços devem ser desenhados para melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda – hoje são 112,4 milhões de pessoas das classes C, D e E; um mercado que representa 50% da economia brasileira; e com renda máxima de R$ 22 por dia (cada membro da família).
Educação
Combater a evasão escolar; a falta de interesse dos alunos; a dificuldade dos alunos em matérias como português e matemática – apenas 10% dos alunos brasileiros apresentam as competências desejadas –; e suprir deficiências educacionais são os desafios dos negócios de impacto social focados na educação, que foram acelerados pela Artemisia.
- CASA CUCA (São Paulo): startup criada em 2011 por Thais Albernaz Guimarães e Tatiana Brochado, que atua no desenvolvimento de metodologias e ferramentas de ensino – físicas e digitais – que ativam as habilidades cognitivas do aprendizado de crianças, jovens e adultos.
- CORUJA EDUCAÇÃO (São Paulo): iniciativa das empreendedoras Ana Calderón, Marcela Bastos e Monica Weinstein, empresa focada em otimizar e enriquecer processos de aprendizagem durante o ciclo de alfabetização – ou seja, os três primeiros anos do Ensino Fundamental.
- ALPHA LUMEN (São Paulo): Instituto Alpha Lumen, criado em 2007 por Nuricel Villalong Aguilera, transforma alunos comuns em lideranças com altas habilidades por meio de três principais fatores: definição de estratégia educacional com metas de aprendizado individualizadas; estrutura pedagógica motivadora, respeitando as singularidades de cada aluno; e ambiente de aprendizado colaborativo com estudantes participando ativamente de decisões.
- ERUGA (Paraná): startup criada em 2013 por Wellington Moscon, Igor Pieruccini e Priscila Moscon, transforma qualquer conteúdo cansativo em um conteúdo interativo digital.
- GUTEN (São Paulo): empresa de educação focada em desenvolver a competência da Leitura por meio de aplicações mobile.
- PRIMEIRO LIVRO (São Paulo): projeto de aprendizagem de Língua Portuguesa por meio de criação literária; alunos do Ensino Fundamental são engajados a escrever um primeiro livro; os textos são escritos em uma plataforma de edição que permite a leitura, tecer comentários e corrigir. Criada em 2007, a startup é gerida pelo empreendedor Luís Henrique Martins Junqueira.
- SINAPSE VIRTUAL (Paraíba): oferece o Sinapse nas Escolas, plataforma online que avalia, planeja e corrige distúrbios de aprendizagem de crianças do Ensino Infantil e Fundamental I; a startup foi criada em 2013 por Glenny Gurgel e Vinício Veríssimo.
- PROJETO ARTESÃO (Rio de Janeiro): criado em 2013 pelos empreendedores Jefferson Santos e Carlos Coutinho, o Projeto Artesão é uma rede de escolas de educação básica que oferece práticas de ensino inovadoras com alto resultado e baixo custo, seguindo um modelo escalável.
Saúde
O estudo Oportunidades de negócios de saúde para a população de baixa renda no Brasil – coordenado pela Potencia Ventures com o apoio da Artemisia – mostra, entre outros tópicos, que o mercado potencial para serviços voltados à saúde das classes C, D e E é formado por 152 milhões de pessoas, sendo 64 nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. Esse grupo tornou-se bastante heterogêneo em relação a gastos em saúde e vários serviços oferecidos pela iniciativa privada tornaram-se somente acessíveis à classe C.
- TÁ. NA.HORA (Rio Negrinho/SC): os empreendedores Michael Kapps e Juliano Froehner criaram em 2013 a Médico.Com.Vc, uma plataforma para que médicos mantenham contato com todos os seus pacientes por SMS ou WhatsApp e sejam avisados quando têm algum problema de saúde. A solução faz com que os dados dos usuários sejam transformados em relatórios simples, que permitem monitorar sua saúde. O objetivo do negócio é combater a baixa adesão das pessoas a tratamentos e cuidados após passarem por procedimentos como cirurgias.
- MEPLIS (Rio de Janeiro): oferece uma rede social para colaboração segura na área de saúde; rede que une o público geral, os profissionais de saúde e as organizações que atuam na área; a startup foi criada em 2012 por Oliver Sergeant.
- MULTIORTO (Pernambuco): oferece serviços especializados em ortodontia com atendimento rápido e de baixo custo, capaz de atender em larga escala diversas regiões centrais e periféricas do Brasil, especialmente o Nordeste; a startup foi criada em 2004 pelo dentista Orestes Maciel Câmara Freire.
Políticas Públicas
- MGov (São Paulo): empresa especializada em avaliação de impacto de políticas públicas e programas sociais, a MGov oferece soluções para avaliação de impacto, monitoramento e mobilização por meio de tecnologias mobile analógicas que viabilizam a implementação em qualquer região do Brasil a um baixo custo – e de forma neutra e ágil. Negócio de impacto social criado em 2012 pelos empreendedores Guilherme Lichand, Marcos Lopes e Rafael Vivolo.
A Artemisia foi a primeira organização do Brasil a fazer parte da Omidyar Foundation, a mais respeitada organização no setor de investimento de impacto, fundada por Pierre Omidyar, empreendedor do Ebay. Recentemente, a Artemisia também foi anunciada como uma das cinco organizações selecionadas, entre 115 de toda a América Latina, pelo edital da Rockefeller Foundation, Avina, Avina Americas e Omidyar.
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