Se você também é um dos meros mortais que não tinha como investir de 6 a 12 mil reais por um lugar para assistir ao TED Global, que neste ano aconteceu no Rio de Janeiro, as primeiras palestras já começam a aparecer no site oficial do TED.
Entre as primeiras delas a serem divulgadas oficialmente, está a apresentação de Glenn Greenwald, jornalista responsável pelo furo sobre a vigilância exercida pelos EUA através da NSA e do projeto PRISM.
Glenn destaca que falas como a de Eric Schimidt, do Google, de que ‘se você está fazendo algo que não quer que ninguém veja, não deveria estar fazendo isso’, ou o posicionamento de Mark Zuckerberg, do Facebook, de que a privacidade ‘não é mais uma norma social’, partem de conceitos errados. “Para que sejamos livres e nos sintamos completos com seres humanos, precisamos ter um espaço onde possamos ir e estarmos livres do julgamento alheio. Precisamos disso porque todos nós – e não apenas terroristas e criminosos, todos nós – temos coisas a esconder”, pondera ele.
Ser vigiado faz com que a sociedade acabe adotando uma versão mais submissa e conformada de si mesma, o que acaba com qualquer possibilidade de inovação.
“É no reino da privacidade, na possibilidade de ir para algum lugar onde possamos pensar, raciocinar, interagir e falar sem que sejamos julgados por isso, é aí que a criatividade, a exploração e a divergência vivem”
“E é por isso que, quando permitimos que a sociedade seja constantemente monitorada, permitimos também que a essência da liberdade humana seja debilitada”, decreta o jornalista.
Vale assistir para compreender que, dentre os primeiros ‘danos’ de uma sociedade monitorada, está o fim da criatividade e da inovação.
Até o momento, o vídeo possui apenas legendas em inglês, mas em breve deve apresentar também uma versão em português.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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