Desde o princípio vejo o jornalismo como algo que deva ser objetivo, universal, transversal e acessível. Em nossa época, cada dia menos o motivo de “revolução” para o jornalismo perdeu força, dando espaço à necessidade de atualizar-se para que se aplique num cenário onde o público participe da fomentação do conteúdo. Assim, o jornalismo demonstra uma nova característica para informação não pensada anteriormente.
A visão trazida com o contexto transversal e cíclico resultante do conceito de web 2.0, onde o conteúdo possuía influência para conseguir audiência e opinião, tratando o leitor/espectador como visão ativa dos fatos, passou a transformar as necessidades dos meios de comunicação, que sentiram a necessidade de inserir-se e expressar-se sobre o conteúdo de forma inclusiva, alterando a sua aplicação, antes passiva e unilateral, anexando-o num contexto social e ativo.
Com a aplicação social do conteúdo, seu compartilhamento e formação baseada na antiga visão de espectador, a invenção de um novo jornalismo se mostrou – e, por que não, se mostra – cada vez mais necessária. Não baseado no mesmo padrão do “new journalism”, responsável por segmentar a forma que a informação é vista e transmitida, mas a visão universal e transversal da informação, onde o jornalismo não tem como foco apenas informar, mas influenciar o meio.
Para o jornalismo, a revolução da informação serviu de divisória de águas, opiniões e, acredite ou não, profissionais. Estes questionam desde a formação, ascenção e função colaborativa – ou quase isso – da blogosfera até o papel da internet dentro da reformulação do jornalismo. Nesta divisao, a não-adequação do jornalismo atual a linguagem voltada à dinamissidade e multiliguagem presente na internet o leva a perder espaço para outros meios de informação independente e tiram do jornalismo seu maior poder: o furo da noticia.
Aqui não cabem julgamentos, principalmente por não haver culpados. O jornalismo por si só irá se reciclar. Para tanto, é preciso que se deixe de lado o passado e passe a encarar a web como ela realmente é: um espaço colaborativo, onde se há a possibilidade de um furo e a disputa não vem apenas do veiculo concorrente, mas do internauta, seu espectador. Aprenda com ele, o estude, o tenha como “amigo”, esqueça a visão eterna e egocêntrica do qual o jornalismo é feito por diplomas, pois ele não é. O jornalismo é feito de pessoas, e fatos.