Recentemente, a campanha da Hollaback da moça andando pelas ruas de Nova Iorque com uma câmera escondida e ouvindo um pouco de tudo pelas ruas deu muito o que falar. Inclusive, fazendo com que outras mulheres em outros países fizessem o mesmo teste.
O problema é sempre o mesmo. O comportamento que muitos enxergam apenas como um galanteio está finalmente sendo discutido em larga escala como algo extremamente invasivo para as vítimas. Todo argumento para tentar justificar o direito de alguém constranger uma pessoa desconhecida gratuitamente é inválido. E para deixar isso um pouco mais claro, a Everlast resolveu mudar um detalhe. No lugar de uma atriz qualquer, a campanha escolheu mulheres bem conhecidas de alguns homens assediadores: suas mães.
A ideia é bem simples. Propõe a todos pensar um pouco sobre suas atitudes e imaginar que aquela moça bonita pode ser mãe de alguém, pensar que sua mãe é ou já foi muito assediada, pensar que qualquer mulher que talvez nem deseje ser mãe merece ser respeitada.
No site da campanha, há uma breve introdução sobre o assunto, além do apoio formal a um abaixo assinado que propõe a aprovação do Projeto de Lei de Prevenção, Atenção e Sanção do Assédio Sexual em Espaços Públicos, que visa transformar em crime os insultos, toques e a perseguição entre outras práticas.
Ainda nessa proposta de mudar o ponto de vista do assediador que muitas vezes se acham inofensivos, mas dessa vez retratando a inversão de valores, está (mais uma vez aqui nas paradas de sucesso do B9) um dos meus vídeos favoritos sobre o tema:
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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