A COP-17 (17ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas) acabou ontem e deixou no ar uma sensação desagradável de ineficácia das autoridades em lidar com a necessidade de ajustes no modo de vida que todos precisamos encarar. Isso, embora a conversa tenha evoluído. Mais de 190 nações concordaram em prorrogar o Protocolo de Kyoto para pelo menos até 2017, a executar um novo pacto global sobre o clima após 2020 e criar um “fundo verde” de US$ 100 bilhões (também a partir de 2020).
Pois é, há quem diga que a situação de mudança climática e escassez de recursos não é tão calamitosa, mas antes começar a mudança cedo do que tarde, se assim for. E não é o que estamos fazendo.
Pensa comigo: se um meteoro estivesse se dirigindo à Terra e as mesmas 190 nações precisassem decidir se mandavam umas bombas atômicas até ele ou não, esperaríamos até 2017/2020? Seria a humanidade inteira lidando com o acaso ao mesmo tempo, será que nos viraríamos bem?
Tá, eu devo estar exagerando.
A real é que o acaso não perdoa, mas nem tudo é culpa dele: as últimas crises econômicas globais, que vem acontecendo entre espaços cada vez menores de tempo, estão diretamente relacionadas a questões que deviam ser abordadas com mais propriedada em eventos como o COP-17.
O vídeo abaixo, do post carbon institute, é de quatro meses atrás, mas explica de forma redonda o elo entre caos econômico e crise no aproveitamento/produção de recursos naturais.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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