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Empresária mineira inova no mercado de pet shop


Roupas pós-cirúrgica para cães já estão sendo vendidas em escolas veterinárias do estado

Há quatro anos, a administradora de empresas Débora Lacerda resolveu investir no próprio negócio e montou, na cidade de Carmópolis de Minas, no Sul do estado, uma confecção pet. Entusiasmada com o crescimento desse mercado, ela não demorou a perceber que precisaria oferecer algo inovador para se destacar. “Com o apoio doSebrae em Minas Gerais, identifiquei uma oportunidade de fornecer roupas pós-cirúrgicas para cães, um nicho promissor e com pouca concorrência no país”, conta.

Pouco mais de um ano depois de tomar a decisão, Débora conseguiu fechar a primeira venda dos produtos assinados pela Petshow para a Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela já forneceu 50 unidades e tem expectativa de vender outras cem peças para a instituição até dezembro. “Também estou em contato com o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Lavras (Ufla)”, adianta.

Depois de criar o modelo, a empresária fez os primeiros testes da roupa nos próprios cães de estimação. Criou numerações diferenciadas e, há cerca de quatro meses, propôs à UFMG uma consignação. Foi uma forma de testar o produto no mercado e adequá-lo às necessidades dos clientes. “A escola de veterinária da UFMG faz cerca de 30 cirurgias mensais. Eles buscavam uma alternativa para evitar que os cães lambessem as cicatrizes, já que o tradicional cone colocado no pescoço dos animais os deixava estressados”, explica Débora.

A roupa pós-cirúrgica da Petshow é uma espécie de camiseta, feita em tecido canelado, com zíper em todo o cumprimento. “O material é resistente e pode ser lavado até na máquina”, acrescenta Débora. A empresária utilizou a consultoria tecnológica do Sebrae, o Sebraetec, para desenvolver a planilha de precificação do produto. No ano passado, ela também fez o Empretec, que utiliza metodologia da ONU. “Foi o que ajudou a gerenciar melhor meu negócio”, diz.

Com capacidade de produzir até 400 peças por mês, Débora está em contato com clínicas veterinárias de todo o estado. O negócio, que começa a engrenar, está em quarto lugar em vendas no setor. “Vendi até um lote que possuía para pesquisar a fundo o mercado pet. Sou persistente e tenho certeza de que vou alcançar meu objetivo”, acredita a empresária.

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