Recentemente, o modelo gerou duas variações: o Bate-papo com Lan Houses e o Bate-papo Cultura. Enquanto a versão com lan houses ainda vai acontecer pela primeira vez, em Belo Horizonte, com foco em crowdsourcing e crowdfunding, o evento com lan houses já aconteceu em Alagoas, Goiás e Paraíba, e só este mês vai acontecer no eixo sudeste, em Campinas.
Desde o início do BPLan, Vostu, Mentez, Boa Compra (comprado pelo UOL) e CDI Lan (negócio social spinoff da ONG) vem participando diretamente, levando novas oportunidades de negócios para os donos dos estabelecimentos recentemente reconhecidos pela Câmara dos Deputados como Centros de Inclusão Digital. Este mês, a Microsoft entrou em cena para ajudar o setor com suas licenças de software especiais.
No Bate-papo com Lan houses, que vai acontecer em Campinas em 30 de julho, depois em outras capitais, as empresas participantes (fornecedoras de soluções tecnológicas) apresentam painéis sobre como diversificar e incrementar negócios. Os jogos sociais, movidos a créditos virtuais efetuados via pagamento digital, são uma das tônicas do evento. Além disso, o CDI Lan apresenta o CorBan, modelo homologado há algumas semanas e que permite que lan houses capacitadas funcionem como correspondente bancário do Banco do Brasil (o que já acontece há algum tempo com a Caixa Econômica Federal nas casas lotéricas).
A Microsoft, por sua vez, apresenta o Clube Digital, modelo inédito na América Latina, em que a empresa presta suporte técnico e gerencial para as lan houses, fornece conteúdo especializado sobre educação para os frequentadores e vende licenças de Windows 7 e Office 2010 por um preço especial, passível de micro-crédito. Depois dos painéis, os presentes fazem os grupos de discussão para tirar dúvidas e trocar ideias.
Cada uma dessas coisas pode não ser a maior disrupção tecnocientífica da singularidade, nem mesmo juntas, mas tanto o CorBan como o Clube Digital e as parcerias da Vostu e da Mentez para comissionamento dos créditos de jogos demonstram que estamos caminhando com maturidade para a inovação de todo um sistema econômico e de distribuição – sem contar a nova regulamentação que desmistifica as “embaixadas virtuais” e as torna aptas inclusive a receberem editais públicos na área de educação e empreendedorismo.