Gostei principalmente da parte que mostra como você não pode controlar a sua história ou a forma como os outros vão reproduzi-la.
E da parte que mostra a verdade: história boa espalha-se por ser boa, não por ser bem produzida.
Vale a “leitura”.
Bem, acho melhor dar uma olhada no texto também. Daqui para baixo, reproduzo aqui a partir do site do Ricardo.
“As melhores histórias sobre você não serão espalhadas pelos seus melhores amigos, mas por pessoas que nunca te encontraram pessoalmente”.
O meu nome é Ricardo, eu tenho 42 anos de idade, e eu tenho mais seguidores do que Jesus Cristo quando ele tinha a minha idade.
É isso mesmo.
No dia da sua morte Jesus Cristo tinha doze seguidores, ou melhor, dez seguidores, um o traiu – Judas, e outro o negou – Pedro.
Somente duzentos anos depois quando as HISTÓRIAS que ele contou se transformaram em versões que o povo pudesse espalhar, que a coisa toda começou a crescer de verdade.
Hoje eu tenho mais de 170 mil seguidores entre redes sociais, email marketing e clientes.
O Tiririca tem mais seguidores que Jesus Cristo quando ele tinha a sua idade e já é quase Presidente do Brasil.
O Inri Cristo – aquele que se acha – tem mais seguidores que Jesus Cristo quando ele tinha a sua idade.
Muito provavelmente VOCÊ também tem mais seguidores do que Jesus Cristo quando ele tinha a sua idade.
O que isso significa?
Nada.
Nada se você continuar a usar todas as tecnologias que existem hoje para idolatrar gatos.
Você já reparou que o YouTube está parecendo o Antigo Egito?
Milhões de vídeos de gatinhos usando iPad, iPhone, tocando violão, piano, guitarra, lendo livros, escrevendo poesias, blá blá blá. Os antigos egípcios achavam que os gatos eram deuses e pintavam suas paredes e papiros com imagens dos bichanos. Nada contra os gatos, mas será que estamos indo de volta para o futuro?!
Cara, se Jesus Cristo com apenas doze seguidores que nem sabiam ler ou escrever conseguiu mudar o mundo; o quê eu, você ou qualquer uma das pessoas conectadas a centenas de seres humanos poderiam fazer pelas nossas famílias, amigos, empresas, carreiras e cidades?
Eu fico p da vida quando vejo as pessoas usando a internet para se divertir ao invés de usá-la para crescer como seres humanos. Diversão é legal, eu gosto de me divertir, mas será que podemos usar a internet para mudar o mundo??? Será que podemos usar a internet como aquela garotinha de 13 anos que criou uma fã page na Facebook para relatar a desgraceira que é a escola pública que ela frequenta em Florianópolis?
Nós conhecemos as idéias de Jesus Cristo dois mil anos depois por duas razões.
Primeira Razão, naquela época não existia a Rede Globo ou o McDonalds.
Porque se existissem, ao final de uma pregação, o Boni da Rede Globo teria virado para Jesus Cristo e dito:
“Cara, eu achei fantástica essa sua filosofia de vida. Eu acredito que posso te ajudar a transmitir a sua mensagem para milhões de pessoas, mas tem um pequeno probleminha, você precisa cortar esse cabelo, fazer essa barba, e jogar fora esse chinelinho bicho grilo”, ou, “Cara, essa Maria Madalena é muito gostosa. Se você conseguir convencê-la a colocar silicone no peito, eu ponho ela para dentro do Big Brother e as suas idéias serão conhecidas por todo o Brasil”.
Ao final do Sermão da Montanha, o diretor do McDonalds teria virado para Jesus Cristo e dito, “Cara, as suas idéias são maravilhosas! Eu posso te ajudar a arrebentar! Que tal transformar os seus doze seguidores em doze bonequinhos de plástico para vender junto com o McLanche Feliz?? Todo mundo vai te conhecer, e nós vamos arrebentar!”.
Antes da grande mídia e do marketing tomar conta do mundo e passar a dominar o que você tem que saber, ler, fazer, ser, comprar, vender ou votar, as idéias que fluiam entre as pessoas eram realmente as melhores idéias, e não as que mais vendiam, ou que satisfaziam o mundo da mídia e do marketing até o dia seguinte.
Você conhece as idéias de Jesus porque as idéias dele eram realmente boas. Ele não precisou dos críticos, editores, censores, especialistas, intelectuais da academia, jornalistas e curadores para aprovar as suas idéias. Porque se precisasse, eles não teriam aprovado nada, como não aprovaram.
Na época de Jesus as melhores idéias se espalhavam de uma pessoa para outra na forma oral.
De fato, NUNCA as melhores idéias precisaram da mídia e do marketing para se espalhar.
A Apple não precisou fazer um “merchan” na novela da oito para te convencer do valor do iPhone. “Carminha!!! Atende a ligação aí! É o Tufão querendo falar com você sobre o novo iPhone que ele comprou na TIM”.
A Apple não precisou patrocinar a pizzada do Faustão, ou algum quadro maluco do Fantástico para te convencer que você precisa ter um iPhone.
As melhores idéias simplesmente se espalham porque são grandes idéias.
Sempre foi assim, e assim continua sendo.
Se, ao contar a sua história para alguém, a pessoa não contar a sua história para outra pessoa, a solução não é aumentar o seu volume de ”propaganda”; a solução é trocar a sua história, porque se a história for realmente boa as pessoas vão passar para frente.
Hoje, 85% dos negócios do planeta acontecem por recomendação, indicação e marketing boca-a-boca. A propaganda como você conhece é responsável por apenas 15% dos negócios. É isso mesmo, faz muito tempo que a propaganda NÃO É ALMA do negócio; a alma do negócio são as conexões que nós desenvolvemos e cultivamos com as pessoas que passam pelas nossas vidas através das histórias que contamos para elas. Até 2014, TODOS os negócios serão por indicação. Todos.
Uma das minhas maiores diversões hoje em dia é saber o que o William Bonner vai falar no Jornal Nacional antes mesmo dele saber o que ele vai falar.
Você também pode saber. Basta acompanhar os trending topics do Twitter. O que aparece no Twitter de manhã aparece no Jornal Nacional a noite.
Segunda razão, as histórias que conhecemos de Jesus Cristo provavelmente não são exatamente as histórias que ele contou.
Quando você conta uma história para uma pessoa, e tenta controlar a maneira que a história é contada, a história morre ou fica fechada dentro de um grupinho cheio de fundamentalistas e radicais.
Quando você conta uma história para uma pessoa, e a história é realmente boa, e você permite que as pessoas contem a sua história da maneira que elas quiserem para quem elas quiserem, as histórias se espalham.
As melhores histórias se espalham sozinhas quando deixamos as pessoas fazerem parte dela.
Se você chegar para uma pessoa dizendo “Trate os outros como você gostaria de ser tratado”, e forçá-la a decorar a sua história e obrigá-la a sair por ai repetindo o que você falou, o retorno será pífio.
A sua história será muito mais poderosa, convincente e real, se você permitir que as pessoas somem diferentes versões da sua história àquilo que você está falando.
A sua história vai ganhar o seu mercado se você permitir que alguém conte uma história onde conseguiu tratar os outros como gostaria de ser tratado e se deu bem.
A sua história vai ganhar a sua cidade se você permitir que alguém conte uma história onde se deu mal tratando os outros como gostaria de ser tratado.
A sua história vai ganhar o mundo se você permitir que alguém transforme a sua história em uma canção, em uma pintura, em um infográfico ou em um vídeo.
Se no final do dia você permitir as pessoas “mixarem” a sua história, você vai ter uma história muito mais completa e real daquilo que você está falando.
Você conhece a história de Jesus Cristo porque ele não se posicionou como Herói ou Salvador da Pátria de ninguém. A história de Jesus Cristo é a história de um Mentor, e não de um Herói.
Portanto, pare de se referir a você mesmo como um herói ou como um cara que vai salvar alguém.
Não diga que o desodorante que você vende atrai mulheres quando o cliente passa o bicho embaixo do braço; não diga que a margarina que você fabrica faz uma família feliz depois que eles dão uma mordida em um pedaço de pão; não diga que o seu plano de saúde vai rejuvenescer as pessoas quando elas assinarem um pedaço de papel; não diga que o seu plano de telefonia celular faz as pessoas ganharem dinheiro quando fazem o 21.
Na prática ninguém consegue ser herói de ninguém.
O seu papel é apenas ter coragem o suficiente para levar uma mensagem bacana que possa apontar melhores caminhos para o maior número possível de pessoas.
Você é a mensagem, e não o cara!
O seu papel é apenas ter humildade o suficiente para sentar com as pessoas, ouví-las, conversar sobre as diferentes versões que existem para a mesma história, e discutir a aplicação das mesmas nas vidas das pessoas.
Como se comunicar no Século 21?
Como vender no Século 21?
Como mudar o mundo no Século 21?
Como se fazia há dois mil anos atrás com 12 seguidores.
NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!
QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?