A exportação de veículos aumentou 2,4% em julho, ao chegar a 52.456 unidades, contra 51.233 em junho. Já a produção caiu 2,7% em julho. Foram produzidas 312.300 unidades, ante 320.823 em junho. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Na comparação do montante exportado em julho com o do mesmo mês do ano passado, o crescimento alcançou 75,9%. No acumulado do ano, o aumento foi 24,9%, com 318.610 veículos vendidos no mercado exterior, ante 255.194 registrados no mesmo período de 2012.
De acordo com o presidente da entidade, Luiz Moan Yabiku, este foi o melhor mês de julho da série histórica, assim como o acumulado dos sete meses. “Essa elevação das exportações é resultado da melhoria do mercado interno dos países destinos, muito mais do que da alta cambial ou do ajuste de competitividade”. A Anfavea ainda revisou as projeções para as exportações, de 4,6% para mais de 20%.
Quanto ao quesito produção, na comparação de julho deste ano com igual período de 2012, foi registrado crescimento de 3,7%. O acumulado do ano teve alta de 15,8%, com 2.169.105 novos veículos contra 1.873.671 fabricados de janeiro a julho de 2012. “A produção foi prejudicada pelas paralisações do dia 11 e pela greve dos cegonheiros [motoristas de caminhão-cegonha], além dos feriados. Por isso, essa perda aparente de produção. Mas o número está perto do que era previsto, tornado este o melhor julho da série, também em termos de produção”.
Segundo o balanço mensal, as vendas de veículos no mercado interno cresceram 7,4% em julho, com 342.306 unidades contra 318.619 em junho. Em relação a julho de 2012, houve queda de 6%. No acumulado do ano, foi registrada elevação de 2,9%, com 2.141.307 de unidades licenciadas, enquanto no mesmo período do ano passado, o número chegou a 2.081.112. “Este foi o melhor mês de 2013 em vendas. Só não foi melhor porque tivemos dificuldades de fluxo nas revendas mais próximas das avenidas onde houve manifestações e feriados nos dois principais mercados [Rio de Janeiro e São Paulo]”, disse o presidente.
De acordo com Luiz Moan Yabiku, a Anfavea prevê que a produção e as vendas devem ser maiores que os previstos. “Não fizemos os cálculos quanto a vendas porque o mercado é volátil e sensível a qualquer movimento, mas os índices econômicos apontam para um caminho positivo. Já a produção, pensamos que tem espaço para crescer seja pela diminuição dos importados, seja pelo aumento das exportações”, avaliou.
O presidente da Anfavea avaliou ainda que o setor “festeja e chora” ao mesmo tempo o valor do dólar, que já bate a casa dos R$ 2,30. No curto prazo, de acordo com o presidente, há impactos para a indústria automotiva porque grande parte dos insumos é importada. “Mesmo assim, o governo reduziu os impostos para parte desses insumos, reduzindo um pouco esse impacto”, acrescentando que o Programa Inova Auto tem incentivado a fabricação nacional de peças. Como ponto positivo do preço da moeda norte-americana, aponta o estímulo à retomada das exportações.
Sobre a produção e venda de veículos elétricos e híbridos, Moan informou que a Anfavea elaborou, recentemente, uma proposta que permita ao governo introduzir a tecnologia no país. “Nós acreditamos que o governo brasileiro não deve ser privado de experimentar e analisar todas as tecnologias disponíveis no mundo”. A entidade propõe, em uma primeira fase, importação com cota definida por empresa e isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Na segunda fase, a empresa que desejar continuar com o benefício deverá se comprometer com acesso fácil a autopeças no país e com a implantação de montadoras no Brasil.
Informações Agência Brasil