E o grande anúncio que o Facebook prometeu para hoje, batendo com a previsão mais popular dos últimos dias, é a pesquisa reformulada. Bem melhor e mais poderosa do que a que temos no momento, ela mexe bastante com a forma de usar a rede social. Conheça a pesquisa de grafo.
Grafo social é como o Facebook chama todas as ações que ocorrem dentro da rede — as “curtidas”, as amizades feitas, os comentários deixados, basicamente tudo o que é possível ser feito nos domínios do site. A nova pesquisa é toda sobre esse grafo. Ela é diferente do que Google e Bing oferecem, e Mark Zuckerberg enfatizou bem isso. Se buscadores normais permitem consultar quase todo o conteúdo disponível na web, a busca social do Facebook vai fundo no conteúdo dinâmico e pessoal da rede, composta por mais de 1 bilhão de usuários e tudo o que eles fazem por lá.
Não foi um trabalho fácil. Indexar tanto conteúdo já seria difícil por si só, mas a pesquisa de grafo do Facebook é metamórfica e individualizada, respeitando estritamente as opções de privacidade de todo o conteúdo da rede. Isso significa que a pesquisa, embora abrangente e completa, se limita ao que você pode ver lá dentro. Fotos e atualizações de status privados continuarão assim. Fotos publicadas apenas para amigos só aparecerão nos resultados das pesquisas feitas por esses amigos. Além disso, os resultados serão dispostos de acordo com as pessoas que mais importam a você e, no caso de fotos, as que forem mais populares segundo uma série de sinais que só o Facebook conhece. Isso deve ter dado um trabalhão, tanto quanto a forma com que a pesquisa é feita.
Sabe o cabeçalho do Facebook, aquela faixa azul com a barra de pesquisas e alguns botões e links importantes? Mudou de novo. Agora, o lado esquerdo é um grande campo de pesquisa que, por sua vez, atua também como o título da página. O título da página define o seu conteúdo e pode ser alterado em tempo real. A linguagem usada é natural e traz resultados instantaneamente. Ao lado dos resultados, há controles que servem para refinar buscas. A aplicação disso tudo? Muito, mas muito variada.
Dá para pesquisar por “fotos dos meus amigos antes de 2007″, “fotos minhas com a Maria”, “restaurantes próximos que meus amigos gostaram” ou “amigas solteiras” (!). É possível também combinar critérios, direto no campo de pesquisa, usando tipos de conectores: “fotos minhas com a Maria tiradas no parque”, ou “amigos que gostam de Harry Potter e Star Wars”. E rola até algumas ego trips bacanas, como “fotos que eu curti”. A intenção é facilitar a descoberta de conteúdo e fomentar novas conexões.
Antes que a nova pesquisa entre em ação, a página inicial do Facebook pedirá que os usuários deem uma olhada no Registro de atividades, para ocultar ou alterar o status de privacidade de conteúdo que, de repente, não queira que seja visto por aí. (E se você não sabe o que é “Registro de atividades”, sugiro uma lida nas nossas dicas de privacidade no Facebook.)
A pesquisa ainda incorporará resultados da web, de forma limitada, trazidos pelo Bing da Microsoft. Ele dará informações objetivas também, como a previsão do tempo, por exemplo. Zuck disse que esse não é o foco da pesquisa do Facebook, mas se puder atender a essa expectativa também, por que não?
A nova pesquisa do Facebook será disponibilizada “nas próximas semanas ou meses”, e a liberação, a exemplo de outras grandes mudanças na rede social, será gradativa, incorporando os padrões de uso das pessoas. Alguns sortudos poderão usá-la desde já, mas não se anime muito — pode demorar para a sua conta recebê-la. Para mais informações, veja a página que o Facebook preparou sobre a busca social. [Facebook]