Tá, e daí? To repetindo a cartilha pra parecer guru? Not! Quero voltar ao tema apenas para perguntar se, caso o dito acima faça sentido, então significa que negócios com a web social tem bastante a ver com negócios sociais? Já vi blog confundindo impropriamente uma coisa com a outra, sem analisar. Conversei esta semana com o pessoal da Artemisia Negócios Sociais para ver se fazia sentido e voilá, de repente há uma oportunidade de verificar na prática.
Diz a teoria da lean startup com uso intensivo de tecnologia que a construção dos protótipos ou “mínimos produtos viáveis” deve ser permanentemente validada em torno da experiência dos consumidores (sejam eles beta-testers ou clientes pedindo novas funcionalidades). Já o pessoal de negócios sociais diz que nada melhor que uma relação comercial para que o atendimento de uma necessidade social aconteça de forma orgânica, de mão-dupla (“paguei, exijo atenção”) e sustentável.
O que se verifica é que negócios sociais geralmente fazem uso de tecnologias da informação como elemento fundamental. Também, vários aplicativos da web social tem características de negócio social na medida em que possibilitam novos patamares de emancipação socioeconômico – seja gratuitamente ou cobrando pouco ou fazendo simples o que antes era inalcançável.
Se formos pensar em termos de “nova classe média”, “classe CDE emergente”, temos aí um grande número de consumidores em potencial, pessoas que tem suas vidas, relacionamentos, atividades, necessidades, anseios, desejos. Gente que talvez ainda não seja early adopter ou heavy user, mas está na moda – mesmo quando feia, como uma artista se auto-proclamou.
Estou louco? Bem, o TechCrunch já cobriu startup de insetos! Fato é que: informação é fundamento de qualquer processo de negócio e de mercado, e o uso intensivo de conhecimento, de tecnologia e de atendimento são comuns a várias áreas.
Intensivo prático
Se você concorda, talvez seja hora de falar com a Debora Basso, que trabalha na área de aprendizagem da Artemisia, sobre o programa de formação para experimentação do processo de geração de novas ideias de negócios, chamado Usina de Ideias, que vai acontecer no início de setembro em São Paulo/SP e já está entrevistando os candidatos a participantes. Dura 7 dias e é pago, mas os valores cobrados são subsidiados, não representam o custo da formação por participante e a Artemisia tem uma política de que ninguém deixe de participar por não poder arcar com o custo da formação. Vai que sua ideia ganha corpo e depois a Artemisia seleciona você e encaminha para investimento pela Aceleradora de Impacto? Mas isso é assunto pra outro post.