Lançada há apenas um ano no mercado do sul da Bahia, a marca de chocolates finos e derivados Modaka Cacau Gourmet já é vendida em lojas do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, com boa aceitação dos consumidores. O produto ganhou visibilidade depois que o casal Fernando Botelho e Áurea Viana, com ajuda da filha Patrícia Viana, passou a participar de eventos especializados. “Somos uma empresa familiar e artesanal, mas estamos aumentando a produção e prospectando mercados para nossos produtos orgânicos”, destaca o produtor.
Em nova ação de divulgação da marca, o casal ocupou um dos 65 estandes do V Festival Internacional do Chocolate e Cacau, em Ilhéus, evento que movimentou cerca de R$ 3 milhões e recebeu a visitação de 30 mil pessoas. As informações foram divulgadas nessa quinta-feira (11) pelos organizadores. A pesquisa, realizada durante o festival na semana passada, ouviu 504 pessoas entre população local e turistas de Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Salvador, Goiás, Belém, Aracaju, Belo Horizonte, Brasília e Tocantins.
Na amostra analisada, 99,6% dos participantes elogiaram a organização e estrutura do festival, além da oferta de produtos e equipamentos para a agroindústria regional. O espaço de maior aceitação foi a Feira do Chocolate, onde os empresários Fernando Botelho e Áurea Viana e outros produtores beneficiados pela consultoria do Sebrae com o projeto industrial Setorial Ilhéus – Derivados de Cacau puderam aprender com a experiência de grandes empresas do setor, como a gigante Harald, que produz mais de 90 mil toneladas por ano e exporta para mais de 30 países.
Para o gestor do projeto, Eduardo Andrade, essa edição do festival foi a que trouxe melhores resultados de comercialização para os empresários e produtores atendidos pelo Sebrae na Feira do Chocolate. O grupo agora está se organizando para participar de outra feira, no Pará, em setembro. “Além disso, para melhor capacitar esses empresários, vamos formar uma turma exclusiva do programa Sebrae Mais – Estratégias Empresariais, a partir de agosto”, afirmou.
A pesquisa apontou, ainda, uma mudança de comportamento do público quanto ao consumo do chocolate fino, que tem percentuais superiores de cacau em relação aos industrializados, exigindo formulações com mais cacau, de 40% a 100%. O realizador do evento, o publicitário Marcos Lessa, também destacou que a maioria dos consumidores desconhece a exigência legal de que o termo chocolate só deve ser usado em produtos que contenham no mínimo 25% de cacau. “Um em cada três chocolates comuns vendidos no Brasil pelas grandes indústrias não poderia ter esse nome. Ou seja, em alguns casos, o que o brasileiro encontra na prateleira dos supermercados vendido como chocolate é apenas doce”, completa.