Estou cansado da visão preconceituosa e preconcebida que muitos “mais velhos” estão fazendo sobre os jovens de hoje, os chamados Geração Y.
Li Machado de Assis obrigado e achei uma merda. Jantava e assistia novela com a família como parte dos meus deveres de filho, não por opção. Aprendi a dizer obrigado, Sr., Sra., ou seja, a manifestar respeito o que não significa o mesmo que sentir respeito. Aprendi uma história brasileira (falsa) que tinha sido montada pelos militares! Minhas opções profissionais eram funcionais (ofícios) e não baseadas em talentos. E fui criado para ser alguém na vida e não ser feliz na vida!
Achar que isso é melhor, mais profundo, mais bacana ou mais qualquer coisa do que os jovens de hoje é de uma prepotência sem tamanho!
Não aceito também o lado oposto de achar que os jovens hoje são melhores. Eles são diferentes, muitas coisas melhores, outras nem tanto e algumas piores. Só isso.
A Geração Y é a geração da opção. Cresceram com todas as opções de vida abertas a eles. Querem ser felizes. Sentem que o planeta precisa de ajuda. Gostam da coisa coletiva e têm a web que lhes abre o mundo.
Vai dizer que tudo isso não é incrível? É!
Obviamente tem o outro lado: ter todas as opções pode significar nunca escolher nenhuma. Sofrer pelo planeta pode significar uma desconexão com o mundo industrial moderno e com o trabalho. Ter o mundo a seus pés na web pode gerar uma enorme dispersão. Não encontrar significado nas coisas do dia-a-dia do mundo pode gerar jovens perdidos.
Trabalho com e para jovens e, apesar dos desafios que menciono, sou um otimista e acho que a soma das coisas positivas da Geração Y é muito maior do que a soma das negativas e que – se a gente deixar – essa Geração Y pode construir um mundo muito melhor do que nós (os respeitosos, os profundos, os pensadores, os leitores de jornal, etc. etc. SIC, SIC, SIC, SIC) construímos.
A ver.