Há um bom tempo, o Google prometia que o Glass seria lançado para consumidores em 2014. Isso não deve acontecer tão cedo, mas não quer dizer que o projeto acabou. O Wall Street Journal diz que uma nova versão do Google Glass, a ser lançada no ano que vem, terá processador Intel.
Ele vai substituir o chip da Texas Instruments usado na primeira geração do Glass, o mesmo presente em dispositivos como o Motorola Milestone 3 e Samsung Galaxy Tab 2. Em 2012, a TI desistiu de fabricar processadores móveis.
Não é a primeira vez que o Google usará chips da Intel: eles estão presentes nos servidores da empresa, em seus carros autônomos (Xeon) e no Nexus Player (Atom).
O WSJ diz que ainda não está claro qual chip da Intel será usado no Google Glass. Mas esta é uma aposta da fabricante em entrar no mercado de wearables. E a Intel tem um bom plano: ela quer promover o Glass nas empresas, e criar novos usos para elas – o foco não será em consumidores.
Essa é uma boa notícia, dado que o Glass fracassou em se tornar um produto para as massas. Em vez de se tornar um objeto de desejo, ele acabou sofrendo duras críticas relacionadas à privacidade e ao comportamento de alguns usuários – os “Glassholes”.
A Reuters contatou 16 desenvolvedores de apps para Glass, e nove deles abandonaram a plataforma devido à falta de usuários; alguns migraram para atender clientes empresariais.
Por isso, faz sentido redirecionar o gadget para um público diferente. Em abril, o Google criou o programa Glass at Work para vender o dispositivo a hospitais, construtoras e indústrias. Até as redes de fast-food KFC e Taco Bell estão testando o dispositivo para treinar usuários. O Glass é vendido em promoção “leve dois, pague um” para algumas empresas.
No entanto, uma fonte diz ao WSJ que o Google ainda vê o Glass como um produto para consumidores, e “o envolvimento da Intel não vai mudar esse foco”.
No mês passado, um executivo do Google Glass disse à Reuters: “estamos mais comprometidos do que nunca em um lançamento para consumidores. Isso vai levar tempo e nós não vamos lançar esse produto enquanto ele não estiver absolutamente pronto”. [Wall Street Journal]
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