O maravilhoso grafeno pode ter inúmeras aplicações malucas: chips de computadores que funcionam à base de luz, tornar água salgada em água potável e por aí vai. Talvez a mais humilde e importante de todas seja o armazenamento de energia. Cientistas sul coreanos encontraram uma maneira de criar micropartículas ideais para eletrodos feitas de grafeno em formato de “pompom”. Ela envolve um processo que é basicamente como uma fritura.
A chave para tornar o grafeno usável em baterias e capacitores é amassá-lo em estruturas que maximizam sua área de superfície. Lembra que o grafeno foi feito usando uma fita adesiva para remover uma camada de um átomo de espessura do grafite? Pois bem, folhas finas também têm a infeliz tendência de grudarem e ficarem empilhadas, reduzindo a área da superfície.
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Para resolver esse problema, os pesquisadores da Coreia do Sul se inspiraram nas massas fritas aeradas. Eles pulverizaram uma suspensão de óxido de grafeno em um solvente quente, mais ou menos como jogar um pedacinho de massa em óleo fervente. O resultado são nanofolhas de grafeno em formato de pompom com muita área de superfície. Quando aplicavas aos eletrodos, elas aumentam a capacidade se comparadas a folhas de grafeno comuns.
Obter grafeno em vários formatos tridimensionais tem sido uma meta bastante popular; a Chemical and Engineering News lembra que outras estratégias incluíam a criação de espumas ou aerogels, liofilização e a deposição de vapores químicos. Os autores dizem que a estratégia da fritura é uma das formas mais simples e diretas de se obter grafeno em um formato 3D.
Mas aumentar isso a um nível industrial é, claro, a parte complicada. Os cientistas já descobriram tantas propriedades interessantes do grafeno; agora, eles precisam encontrar usos comerciais viáveis para o material. [Chemical & Engineering News, Chemistry of Materials]
Image do topo: Park et al/Chemistry of Materials
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