Cientistas do Grande Colisor de Hádrons dizem que, ao colidir dois íons de chumbo, eles chegaram à temperatura mais quente que a humanidade já atingiu. De acordo com um porta-voz do projeto, estima-se que eles chegaram a 5,5 trilhões de graus Celsius.
A colisão criou uma “sopa” de plasma com partículas subatômicas – glúons e quarks – que chegou à maior temperatura já criada pela humanidade.
Os cientistas ainda vão medi-la com toda a precisão necessária, mas o consenso é de que ela vai ultrapassar o recorde anterior, de 4 trilhões de graus. O número chegaria a 5,5 trilhões de graus Celsius.
E esta pode nem ser a temperatura mais alta de todos os tempos. Cientistas do RHIC (Colisor Relativístico de Íons Pesados), no Labroatório Brookhaven (EUA), ainda estão tentando descobrir a temperatura de um plasma que eles criaram no mês passado.
Resumindo: dois laboratórios, um na Europa e outro nos EUA, podem ter quebrado o recorde da maior temperatura já criada pelo homem. É uma temperatura tão alta e tão temporária que eles ainda não conseguiram medi-la em graus. Não importa quem quebrou o recorde: todos ganham, porque ciência é demais. [Nature e RHIC]
Imagem por Panos Karanpanagiotis/Shutterstock