O antológico disco de estreia do Guns n’ Roses – Appetite For Destruction – completou 25 anos nesta semana. E, mesmo não sendo um mega fã da banda, e principalmente do rumo que ela e seu líder Axl Rose tomaram nos últimos anos, é impossível não reconhecer o valor e a importância incontestáveis desse álbum.
São raros os casos de primeiros discos que conseguem redefinir um estilo no mercado musical, e trazer de volta o interesse das massas para um gênero definido. O Appetite For Destruction chegou com tanta personalidade, tanta crueza, tanto vigor e tantas, mas tantas músicas simplesmente muito boas que conseguiu essa façanha logo de cara.
Foi um dos discos que fez o hard rock voltar a viver dias de glória e a reconquistar o grande público. Bandas já consagradas como Aerosmith e Def Leppard faziam sua parte lançando ótimos discos (Permanent Vacation, Hysteria), mas foi com o Appetite que o mundo voltou a prestar atenção no rock n roll pesado novamente.
Axl Rose, Slash, Izzy Stradlin, Duff McKagan e Steven Adler conseguiram fazer um disco visceral, sem frescuras e direto ao ponto. Aqui, todas as faixas vêm com dois pés no peito pra cima de você, sem exageros, sem clichés que facilmente seriam armadilhas dentro dos temas que o disco aborda e – principalmente – com uma visao melódica ímpar e uma fúria instrumental que há tempos os fãs de rock estavam ansiosos para ouvir.
Aquelas eram músicas com M maiúsculo.
Welcome To The Jungle, Mr Brownstone, Paradise City e Sweet Child O Mine viraram hinos do Guns não apenas por possuírem ideias e refrões bem pensados e que não desgrudavam da cabeça, mas também porque transbordavam atitude. E mesmo as baladas ganhavam uma firmeza e uma rispidez únicas, como Sweet Child O Mine, onde Axl Rose não precisava da sucralose dos dias de November Rain para dar seu recado.
Tudo era uma empolgante novidade na nova banda que chegava para conquistar o mundo: a guitarra estonteante de Slash, os vocais impressionantemente rápidos e inimitáveis de Axl e toda a base que os sustentava, deixando claro bem claro que aquele era um som novo, sujo, cruel, pesado e perigoso.
E que, em 1987, isso era a coisa mais legal do mundo.
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