Se os futuros consumidores estão nos dispositivos móveis, é para lá que a rede de hotéis Hilton vai. A empresa anunciou que está investindo 550 milhões de dólares em tecnologias que vão permitir a reserva, escolha de quartos, check-in e abertura das portas dos quartos com o uso de smartphones, praticamente acabando com a necessidade do recepcionista.
Mesmo com um investimento alto, isso não será feito da noite para o dia. A expectativa é que novos sistemas que permitam reservas e destrancamento de portas através do mobile esteja em funcionamento no final de 2016.
Essa inovação no sistema de hotelaria é mais uma necessidade do que um mimo para os clientes. Outras redes concorrentes do Hilton, como o Marriott, já estão se mexendo para melhorar sua presença mobile, e também começaram a fazer os primeiros testes do uso de smartphones como chaves para as portas dos quartos. “Percebemos que mais de 40% dos visitantes do nosso site o faziam através de um dispositivo móvel. Há quatro anos, as visitas mobile somavam apenas 1%”, explica George Corbin, SVP de digital do Marriott, em entrevista ao Wall Street Journal.
Se conseguirem conquistar os clientes através de boas plataformas móveis, os hotéis terão a vantagem de poder “monitorá-los” e usar as métricas para oferecer serviços extra
Além disso, as redes de hotéis estão cada vez mais interessadas em fidelizar o cliente. Ao fazer a reserva, boa parte dos viajantes está preferindo checar em sites agregadores, como o Expedia ou o Hotels, e esses sites cobram uma taxa dos hotéis para intermediar a reserva.
Se conseguirem conquistar os clientes através de boas plataformas móveis e de uma integração entre a experiência digital e a estadia no hotel, as redes também terão a vantagem de poder “monitorá-los” e usar as métricas para oferecer serviços extra – quem sabe um drink para quem estiver fazendo um check-in, ou rememorar outros serviços que o hotel oferece no período daquela reserva.
Além do Hilton e do Marriott, a rede Starwood também está se preparando para apostar forte em mobile, com algumas de suas unidades já testando o uso de smartphones para abrir quartos, com previsão de oferecer esse serviço em cerca de 150 unidades Aloft e em todos os Hotels W até o final de 2015.
O único receio fica por conta da rápida mudança de comportamento dessa geração mais jovem – será que, até 2016, não serão outros os dispositivos e plataformas queridinhas dos consumidores?
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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