O caso de hoje foi contado pelo Cristiano Freitas, empreendedor à frente da Capital Prime, escritório de assessoria e consultoria contábil localizado em Campinas, SP.
O desejo de empreender é algo que me acompanha desde o inicio da faculdade, e foi por meados de julho de 2009 que este desejo parou de ser apenas desejo e deu origem ao escritório Capital Prime, o qual sou sócio hoje, voltado para prestação de serviços de consultoria e assessoria contábil/tributária.
A primeira pergunta que eu e meus sócios fizemos ao abrir nosso escritório foi: qual serviço oferecer? De que forma oferecer? Para quem oferecer? E foi a partir dessas e outras várias perguntas que um determinado assunto passou a ser parte de integrante de nossas reuniões semanais: INOVAÇÃO.
A inovação é, e sempre será, algo que me intriga, primeiramente por não se tratar de um procedimento no qual colocamos dados na “forminha da vovô” e pronto: temos um produto novo, o mercado gosta e ganha-se muito dinheiro com isso. Trata-se de um trabalho árduo de análise, acompanhamento de mercado, tendências e, claro, muita sensibilidade pra saber pra qual lado a “onda” vai.
O interessante é que, embora a inovação estivesse presente em nossas conversas, notamos que a única coisa que não tinhamos era um produto inovador. Dificil, mas era a pura verdade. Basicamente vendíamos como produto inovar em nossos conhecimentos de especialistas na área tributária e contábil – mas isso já não era nosso dever? O que tem de inovador em fazer bem o que as pessoas já esperam que você saiba fazer?
Dessa forma, nos colocamos do “outro lado da mesa” e como clientes pensamos: O que é importante pra mim? Tempo, custo, mobilidade e método de trabalho. Demoramos alguns dias pra responder essas perguntas e o que saiu foi:
1- Precisávamos de uma metodologia “transparente” para gerenciamento dos trabalhos de consultoria, de forma que trouxesse nosso cliente para mais perto do projeto. Adotamos SCRUM (veja mais);
2- Perdia-se muito tempo com deslocamento do escritório para o cliente para realização de reuniões rápidas. Passamos a utilizar Skype ou qualquer outro tipo de recurso da mesma natureza;
3- Os trabalhos de assessoria não deveriam ser desenvolvidos de maneira padrão, pois dessa forma trabalhamos a contabilidade em função das necessidades de cada empresa; e
4- Para facilitar o trâmite de documentos utilizamos Subversion (muito utilizado no desenvolvimento de software) para controlar via web o envio e recebimento desses dados.
Observe, nós não criamos nada! Somente adaptamos coisas que já existiam e trouxemos para nossa realidade. O que isso gerou? Mobilidade, redução de custos e transparência nos negócios, gerando satisfação aos clientes.
E como dizia minha mãe: “cliente satisfeito, negócio perfeito!”
Só gostaria de compartilhar essa experiência e dizer que inovação é muito mais do que lemos em livros ou artigos, é mudar conceitos, quebrar paradigmas e provar que tudo pode ser feito de uma maneira diferente, só precisamos explorar.
Grande abraço!
Cristiano Freitas
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p.S.: Quer saber mais sobre inovação? Veja nossa sessão sobre inovação, principalmente a resenha da palestra do Silvio Meira.
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