Artigo por Gustavo Travassos*
A conexão e comunicação entre máquinas é o foco de uma das maiores tendências para a área de Tecnologia da Informação e Telecomunicações em 2015: a Internet das Coisas (IoT). Ao permitir que todos os objetos comuniquem entre si e funcionem em rede, enviando e recebendo dados de informação, a Internet das Coisas faz com que o mundo digital e o mundo físico fiquem intimamente conectados e realizem uma influência mútua. A interoperação entre os objetos e sistemas de informação permite a criação de ambientes inteligentes e automatizados. A Internet das Coisas representa a terceira geração da Internet – a primeira fase trazia a comunicação entre computadores e dados; a segunda, entre pessoas e processos; e a terceira representa uma revolução tecnológica, com pessoas, processos e objetos em rede.
Dentro de casa, a Internet das Coisas trará mais conforto, automação e segurança para os moradores. Será possível, por exemplo, que sua casa já saiba que você está se aproximando, por causa da movimentação do seu carro, e se prepare para sua chegada, regulando a temperatura e acendendo as luzes, entre outras coisas. As tarefas diárias serão mais simples: o despertador avisará a cafeteira que já está na hora de preparar o café pouco antes de a pessoa acordar e a geladeira informará que está na hora de ir às compras. Os dispositivos não são apenas conectados, como também inteligentes, capazes de compreender dados e atuar a partir de sua análise.
O mercado de IoT representa uma enorme oportunidade em nível global, apesar de ainda estar em seus primeiros passos, principalmente no Brasil. A International Data Corporation (IDC) divulgou, neste mês, as dez principais previsões para a área de Tecnologia da informação e Telecomunicações em todo o mundo, para 2015. As previsões têm, em sua maioria, relação com o momento de transição de um sistema industrial para a Terceira Plataforma, baseada em computação móvel, serviços em nuvem, Big Data e Analytics. Neste cenário, a Internet das Coisas aparece como uma das principais – senão, a principal – tecnologias que apoiará a aceleração desse processo, conduzindo o desenvolvimento de soluções inovadoras e adaptadas ao novo cenário.
A IoT também motiva o interesse dos consumidores. Uma pesquisa da Ericsson, que detecta as tecnologias que irão se espalhar em 2015, apontou que as casas inteligentes são um dos maiores desejos em 23 países, incluindo o Brasil. Cerca de 55% dos entrevistados manifestaram interesse em possuir sensores capazes de avisar sobre pequenos incidentes domésticos, como inundações, entupimento de ralos ou falhas em eletrodomésticos, por exemplo, e 49% gostariam de receber alertas sobre a entrada e saída de pessoas da casa. O que falta, então, para essa tecnologia tão conectada com os novos tempos, e tão desejada pelos consumidores, realmente decolar?
Alguns dos motivos que aponto são que a IoT representa uma escolha difícil para o usuário, com uma profusão de dispositivos, tecnologias, plataformas e aplicativos, complicando a decisão de compra; que a tecnologia se apresenta como uma experiência de uso frustrante em boa parte dos casos, exigindo vários cliques para se acender uma luz, por exemplo; e, por fim, que há a dificuldade do usuário final em aceitar uma nova categoria de despesa recorrente, com algo que não é visto, ainda, como uma necessidade básica. No Brasil, ainda temos desafios adicionais, como carga tributária pesada e menor poder aquisitivo da população; certificação na Anatel, que representa uma barreira para pequenas empresas de fora; consumidor menos inclinado à experimentação, pela dificuldade de devolução/cancelamento; e disponibilidade menor de capital de risco e funding (nos Estados Unidos, há mais de um trilhão de dólares em iniciativas de IoT, atualmente), com consequente escassez de projetos.
É nesse cenário que projetamos a startup Denox para se apresentar como a primeira plataforma escalável de IoT do Brasil, oferecendo uma solução que compreende segurança, gestão de pessoas, automação de equipamentos e controle de imagens – todas conectadas e acessíveis online de qualquer lugar. O serviço adquirido é constantemente aprimorado e atualizado, com a adição de novas funcionalidades ao longo do tempo. Além dos dispositivos modernos, plataforma em nuvem e aplicativos móveis totalmente integrados, sua aplicação é sem fios, sem obras, sem configurações complexas, o que simplifica a distribuição e a instalação.
A empresa possui fabricação local, mas com design e sourcing globais, promovendo a competitividade e permitindo o acesso aos órgãos de fomento. A Denox fornece assistência técnica local, maximizando o retorno sobre investimento (ROI) em projetos de longo prazo e possui dispositivos e aplicativos desenhados para a realidade brasileira, em relação às normas de funcionamento da segurança pública, qualidade e disponibilidade de energia elétrica, disponibilidade de banda larga fixa e móvel, tendências nas relações de vizinhança e urbanismo, dentre outros pontos. Adquirindo os serviços agora, o consumidor já se adianta em fazer parte dessa tendência mundial, que está cada vez mais próxima da realidade brasileira.
*Artigo por Gustavo Travassos, empreendedor Endeavor, sócio-fundador da Maxtrack e da startup Denox
Imagem: things in life via Shutterstock
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