Vivemos em uma era de ecossistemas: temos muitas telas e elas precisam se integrar de alguma forma. Nesse sentido, a Microsoft idealizou um futuro ousado, com um sistema para desktop que também funcionaria em tablets – mas, pouco a pouco, a empresa vem recuando.
Depois de tudo isso, a Apple está agindo com cautela ao mudar o OS X. Sim, o Yosemite ganhou um redesign para se tornar mais flat do que nunca, e mais semelhante ao iOS; mas ele ainda se esforça para manter a familiaridade de versões anteriores, e não quer substituir seu tablet – quer apenas interagir melhor com ele.
E, acima de tudo, a Apple está finalmente estabelecendo uma linguagem de design consistente entre suas plataformas. Por isso, o OS X Yosemite é mais importante do que parece: é um conjunto de regras gráficas que provavelmente vão orientar as interfaces da Apple na próxima década.
Enquanto a Microsoft tem blocos dinâmicos espalhados pelo Windows, Windows Phone e Xbox, a Apple segue outra abordagem. O Yosemite nos dá um vislumbre no design de interface que guiará todos os próximos lançamentos de produtos futuros – incluindo possíveis iWatches e iPhones maiores.
iOS e OS X enfim falam a mesma língua…
Ao criar uma linguagem consistente entre plataformas móveis e desktop, a Apple está criando um vocabulário para toda uma nova onda de produtos. Isto é o que Dieter Rams chama de programm: um conjunto de regras que permanecem consistentes em todos os tipos de produtos.
E a Apple segue isso há tempos: a empresa construiu sua reputação com a linguagem de design Snow White, incrivelmente popular na década de 1980. Quando a Apple tirou Steve Jobs do comando, a empresa passou por uma “idade das trevas” com design fraco e lançamentos confusos de produtos.