Existe uma aura na escrita cursiva, a mão, que mesmo em seu estado da arte o digital não consegue reproduzir. Por outro lado o trabalho com zeros e uns tem lá suas vantagens: organização, pesquisa, backup. E se desse para unir o melhor desses dois mundos, de preferência com um toque de classe e sofisticação? Conheça o Moleskine para Livescribe.
A Livescribe, baseada em Oakland, California, fabrica canetas inteligentes faz algum tempo. Já Moleskine é uma marca centenária e teve na lista de clientes dos seus lendários caderninhos gente como Hemingway, Picasso e Van Gogh. Após um hiato nos anos 1980, ela mudou de mãos e voltou ao mercado com status cult no final da década de 1990.
As duas se juntaram para oferecer o conforto da escrita a mão com a segurança e disponibilidade do digital. Os novos cadernos Livescribe da Moleskine são digitalizados em tempo real: basta escrever ou desenhar neles usando uma Livescribe 3 com o app Livescribe+ (apenas para iOS) aberto e sincronizado.
Essa transposição ao digital acontece graças a coordenadas inseridas no papel do Moleskine. Esses micro pontinhos atuam como se fossem um sistema GPS para a caneta, permitindo a ela capturar o que se escreve com precisão e transferir para o dispositivo digital. O sistema abre possibilidades, também: rabiscando botões de controle no rodapé da página, por exemplo, é possível gravar notas de áudio com a Livescribe, associando-as a determinada página. Da mesma forma dá para sinalizar, etiquetar e marcar páginas como favoritas.
O sistema não é perfeito, e é preciso atenção para não sobrescrever anotações usando cadernos de numeração idêntica. São oito cadernos, e a organização é feita através dos números de cada um.
Não é a primeira vez que a Moleskine flerta com uma solução tecnológica. A empresa mantém parceria com o Evernote e oferece cadernos especiais, com marcações e integração com os apps. Só que lá o sistema é menos avançado: é preciso fotografar a página para digitalizá-la.
A Livescribe 3, indicada para uso com os Moleskines especiais, custa US$ 150. Já os cadernos, saem por US$ 30 cada. [Livescribe via Slate]
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