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Maioria dos profissionais diz que dinheiro é o mais importante para ser feliz


cce felizesPara tentar desvendar o significado de felicidade no trabalho, o Ateliê de Pesquisa Organizacional (www.ateliede­pesquisa.com.br) elaborou um estudo inédito sobre o tema. Com abordagens qualitativas (quatro grupos de discus­são) e quantitativas (200 entrevistas), gestores e não gestores de companhias estabelecidas em São Paulo e no Rio de Janeiro responderam e indicaram o en­tendimento e a experiência que possuem da própria felicidade no trabalho. O pro­pósito central do estudo foi conhecer e abordar, de forma dinâmica e profunda, como esses profissionais percebem e ca­racterizam a condição de felicidade nas empresas em que trabalham.

Em síntese, o que a pesquisa revela sobre felicidade no trabalho para os pro­fissionais ouvidos? Eles mesmos apon­tam: é ganhar dinheiro, relacionar-se com pessoas, ter desafios, trabalhar em equipe. É contar com relações seguras e confiáveis entre colegas, ser reco­nhecido, sentir-se motivado, satisfeito, competente e alegre na empresa, entre outros sentimentos.

Outro tema pesquisado, e também relevante, diz respeito à infelicidade no trabalho. Os participantes da pesquisa apontaram várias compreensões: ter dis­putas internas, sofrer pressões, ambien­te tenso, colegas fingidos, adoecimen­tos, pouco tempo para coisas pessoais, ausência de reconhecimento e líderes inadequados, entre outros fatores.

O estudo produziu algumas con­clusões. Uma delas indica os fatores individuais bastante presentes na de­terminação do estado de espírito dos profissionais, e também a influência dos fatores externos e coletivos, com ênfase, porém, um pouco menor do que se cos­tuma considerar. Outra conclusão provo­ca uma reflexão sobre a novidade – ou não – do conceito de felicidade no traba­lho, uma vez que os próprios profissio­nais quando a definem usam conceitos como motivação, realização no trabalho, clima e ambiente, que são velhos conhe­cidos da área de Recursos Humanos.

Confira, a seguir, os principais resul­tados e a metodologia do estudo inédito sobre felicidade no trabalho, desenvolvi­do pelo Ateliê de Pesquisa Organizacio­nal:

1 – Felicidade em relação ao tra­balho

– Para 78%, o dinheiro é um fator que se sobrepõe a todos os outros.

– Para 79% dos entrevistados, eles estão felizes ou muito felizes em relação ao trabalho; apenas 7% consideram-se infelizes ou muito infelizes.

– Para 46%, eles são os responsáveis e não a empresa pela própria felicidade no trabalho.

2 – Mulheres versus homens

– Entre as mulheres, 84% conside­ram-se felizes ou muito felizes em rela­ção ao trabalho.

– Já entre os homens, 75% conside­ram-se felizes ou muito felizes em rela­ção ao trabalho.

3 – Paulistas versus cariocas

– Dos cariocas, 85% consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho.

– Dos paulistas, 71% consideram-se felizes ou muito felizes em relação ao trabalho.

– O dinheiro tem muito mais peso para os cariocas (84%) do que para os paulistas (73%).

4 – Excesso de trabalho

– Trabalhar é importante para o cres­cimento pessoal e profissional, disseram 45% dos entrevistados; 44% disseram que trabalham para se sentir realizados.

– Para 57%, trabalhar mais de 8 horas por dia é motivo de satisfação. Apenas 17% responderam que trabalhar além do horário é motivo de insatisfação.

5 – O que deixa feliz no trabalho

– Para 49%, relacionar-se com pesso­as é uma das situações que deixa feliz no trabalho. Para 41%, trabalhar em equipe é a principal situação.

– Para 68%, quando estão felizes no trabalho, sentem-se motivados.

– Para 36% (60% deles do Rio de Ja­neiro), nada os deixa infelizes no traba­lho.

– Para 48%, a infelicidade no trabalho traz o sentimento de desmotivação.

6 – Saúde

– A maioria dos entrevistados (63%) não tiveram qualquer problema de saúde nos últimos meses. Mas 37% deles apon­taram estar sofrendo de dor de cabeça, cansaço exagerado e dor de estômago, entre outros adoecimentos.

Metodologia

Entrevistados, por gênero:

40% mulheres e 60% homens

Faixa etária: 28 e 45 anos

Tempo de trabalho na empresa:

8 a 25 anos

Empresas com mais de mil funcionários: 65%

Empresas 500 a 1.000 funcionários: 35%

Grau de instrução: 100% com formação superior

Segmento das empresas: indústria (51%), comércio (31%) e serviços (18%)

Remuneração anual: R$ 50 mil a R$ 150 mil (84%); R$ 150 mil a mais de R$ 300 mil (16%)

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