Netflix, o serviço por assinatura de streaming de filmes e séries, comunicou nesta quarta-feira (26) que o incidente do dia de Natal (25) foi causado por problemas na Amazon AWS. Não é a primeira vez e certamente não é a última vez em que grandes empresas de internet colocarão a culpa no império de Jeff Bazos. ”Nós estamos investigando o que exatamente ocorreu e como poderíamos prevenir”, disse um porta-voz do Netflix ao site da agência Reuters.
Informações repassadas pelo porta-voz dão conta de um apagão no centro de dados da Amazon no estado da Virgínia, Estados Unidos. Normalmente é nesse datacenter, localizado ao norte do estado, que ficam os serviços de internet por conta do preço altamente competitivo. Serviços bem populares e este Tecnoblog ficam hospedados lá. Qualquer pepino afeta um monte de usuários.
Ao ver esta notícia na Reuters, imediatamente levantei a seguinte dúvida: será que chegou a hora de o Netflix iniciar a construção de uma estrutura própria de armazenamento de conteúdo? É bem verdade que utilizam mais o chamado pilar de storage da computação na nuvem que o poder de fogo em processamento. Precisam escoar este conteúdo por meio de parcerias com CDNs, servidores locais que replicam o conteúdo mais acessado dos servidores originais na Amazon AWS.
Uma estrutura própria custa muitíssimo caro, não tenha dúvidas disso. Porém, estamos falando da atividade-fim da Amazon. Eles vivem de entregar conteúdo (não entraremos no mérito da qualidade) aos diversos dispositivos dos assinantes. Reportagem publicada pelo TB mostra os números exorbitantes do serviço: são 10 milhões de arquivos e 100 milhões de codificações feitas. Tudo isso fica nas mãos da parceria Amazon graças à nuvem chamada Amazon AWS. Qualquer engasgo é sentido ao redor do mundo.