Uma equipe de médicos belgas e holandeses utilizou a mesma tecnologia das impressoras 3D que já existem no mercado para produzirem uma prótese de mandíbula “totalmente funcional” construída em titânio. O modelo foi implantado em uma paciente de 83 anos que sofria de osteomielite, inflamação óssea que atingia sua mandíbula.
O procedimento padrão para este tipo de caso é a remoção da área afetada e o implante de uma prótese padrão, que se tornaria funcional graças a microcirurgias e transplante de tecidos. Mas a idade avançada da paciente fez os médicos preferirem a fabricação de uma prótese sob medida com a ajuda de uma empresa chamada Xyloc, companhia especializada neste tipo de produto.
A companhia desenhou um modelo em CAD da mandíbula da paciente, mas sua construção deveria ser feita em um material leve e resistente.
Foi então que o time de pesquisadores partiu para as impressoras 3D. Os modelos que existem no mercado geralmente formam seus objetos graças ao calor e ao depósito de consecutivas camadas de resina ou plástico em pó. O material escolhido para a construção da mandíbula artificial foi titânio em pó, que foi fundido em uma única só peça graças a um poderoso laser de alta temperatura. Uma vez pronta, a peça foi revestida por uma camada de biocerâmica.
De acordo com a equipe médica responsável pela operação, a produção do maxilar levou apenas “algumas horas” e a peça final ficou com 107 g de peso, “pouco mais que um maxilar normal”, com o custo de módicos US$ 20 mil (aproximadamente R$ 34,4 mil). Como foi feita sob medida, a operação foi relativamente simples e no dia seguinte a paciente já conseguia ingerir líquidos e falar.
Veja o vídeo em que apresentam o modelo (em alemão) — conteúdo livre de imagens extremas.
Com informações: The Verge
Médicos usam impressora 3D para reconstruir prótese de mandíbula