O projeto Asteroid Redirect Mission (ARM) da NASA é um plano ambicioso (e polêmico) para capturar um asteroide, desviá-lo para a órbita lunar e, em seguida, enviar astronautas para retirar amostras. A missão é um trampolim para a viagem a Marte, e hoje a NASA finalmente anunciou como ela vai funcionar.
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Desde o início da ARM, havia duas opções:
- capturar um asteroide bem pequeno e redirecioná-lo para a Lua;
- pousar uma nave em um asteroide maior, tirar um pedaço de 12 m, e rebocá-lo para a Lua.
Em uma conferência à imprensa, a NASA anunciou que seguirá esta última opção.
Há duas razões principais para usar a alternativa B. Em primeiro lugar, há muito mais alvos possíveis: asteroides grandes perto da Lua são mais abundantes, enquanto corpos menores não refletem muita luz solar, por isso é difícil detectá-los.
Em segundo lugar, o desembarque de um robô num asteroide dará à NASA uma chance melhor de testar a tecnologia que acabará por levar os seres humanos a Marte.
Quando?
A escolha final do asteroide será feita até 2019, e a missão será lançada em 2020, para chegar ao asteroide dois anos depois. De lá, a nave iria pegar uma grande rocha e realizar algumas pesquisas, arrastando-a de volta à Lua até 2025.
Dessa forma, a exploração humana do asteroide acontecerá depois da EM-2, a segunda missão de testes da cápsula Orion e do foguete SLS (Sistema de Lançamento Espacial), atualmente prevista para 2021.
A ideia é enviar astronautas para o asteroide na Orion, para a coleta de amostras, e então retorná-la para a Terra. Em dezembro, a cápsula fez seu primeiro voo de testes no espaço: ela chegou a 6.000 km acima da Terra, fez duas órbitas e voltou à atmosfera, caindo no Oceano Pacífico e sendo recapturada.
A missão vai levar alguns anos para acontecer pois a NASA precisa finalizar o foguete SLS e desenvolver tecnologias de propulsão – como a SEP, que usa a luz solar como combustível – e de monitoramento de asteroides.