Uma importante etapa no processo de implantação das redes 4G no Brasil aconteceu hoje. A Anatel realizou, após alguns adiamentos, o leilão dos lotes de operação do nosso 4G, que aqui operará nas faixas de frequências de 2,5 GHz e 450 MHz (essa última em áreas rurais). Quem levou? Confira conosco.
A Claro arrematou o primeiro dos quatro lotes nacionais por R$ 844,52 bilhões milhões, com ágio de 34% sobre o valor mínimo da oferta. Como ninguém se interessou pela faixa dos 450 MHz (o que era previsível), a Claro acabou levando essa junto — caso de todos os lotes nacionais, diga-se de passagem. Em contrapartida pela vitória no leilão do lote “W”, a operadora terá que realizar investimentos em telefonia e banda larga nas áreas rurais da região Norte, Maranhã, Bahia e Grande SP (códigos 11 e 12).
O segundo lote quem levou foi a Vivo, com um lance de R$ 1,05 bilhão, ágio de 66,6% sobre o valor mínimo pedido pela Anatel. O preço mais salgado, que evidencia uma disputa maior (no caso, com a Oi) pelo lote, se deve ao fato desse ter sido o último com largura de banda de 20 MHz, com maior capacidade. Aqui, os investimentos na faixa dos 450 MHz serão no interior de São Paulo (exceto nos códigos 11 e 12), Minas Gerais, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.
TIM e Oi levaram os dois últimos dos quatro lotes nacionais — ambos com espectro de 10 MHz. O “V1″, nome do lote ganho pela TIM, custou à operadora R$ 340 milhões (ágio de 7,9%) e a obriga a cobrir as áreas rurais de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. Já a Oi pagou R$ 330,85 milhões (ágio de 5%) pelo lote “V2″ e será responsável pelas áreas rurais da região Centro Oeste e o Rio Grande do Sul.
O 4G deverá estar funcionando nas cidades-sedes da Copa das Confederações até 30 de abril de 2013. Ainda há outros 268 lotes de faixas de frequência para operações regionais, então tem muita água para rolar. Os mais importantes, porém, ficaram na mão das maiores operadoras nacionais. E que o cronograma se cumpra e o 4G brasileiro seja melhor que o 3G — o que, convenhamos, não é muito difícil dado o estado atual das coisas. [Convergência Digital, G1 (2) (3). Foto: Sinclair Maia/Anatel]