A Nokia avisou este ano que queria vender sua divisão Here Maps, e a lista de potenciais interessados era grande, incluindo Facebook, Apple, Samsung e Uber. No fim, os mapas acabaram indo para um consórcio de fabricantes de automóveis.
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Em comunicado, a Nokia diz que concordou vender o Here Maps para as alemãs Audi, BMW e Daimler (dona da Mercedes-Benz) por cerca de US$ 3 bilhões.
O que vai acontecer com os apps para Windows Phone, Android e iOS, cujo maior diferencial no Brasil são os mapas offline? Isso ainda não está claro, mas há alguma chance de que eles sobrevivam.
As fabricantes dizem em comunicado que não vão interferir nas operações da Here Maps: ela será uma empresa independente, com o objetivo de criar uma plataforma aberta a todos os consumidores – uma “provedora forte e independente de mapas e serviços de localização… para todos os clientes em diversas indústrias”.
Os motivos para a Nokia fazer essa venda são relativamente claros. Ela quer se reinventar como uma empresa de redes de telefonia – por isso ela comprou a francesa Alcatel-Lucent por US$ 16,6 bilhões – e o Here Maps não se encaixava nessa visão. Além disso, a área de mapas causou um prejuízo de US$ 1,4 bilhão no ano passado.
E as fabricantes de automóveis, o que querem? Elas dizem que este é um primeiro passo rumo a carros autônomos:
O HERE está lançando as bases para a próxima geração de serviços baseados em localização e mobilidade. Para a indústria automotiva, esta é a base para os novos sistemas de assistência e, em última análise, de condução totalmente autônoma. Os mapas digitais extremamente precisos serão utilizados em combinação com os dados do veículo em tempo real, a fim de aumentar a segurança na estrada e facilitar novos produtos e serviços inovadores.
O Here Maps tem 6.454 funcionários ao redor do mundo. A venda deve ser finalizada no primeiro trimestre de 2016.
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