Essa é uma notícia que vai fazer míopes, hipermétropes e astigmatas comemorarem. Uma nova tecnologia, que está sendo desenvolvida pelo MIT em parceria com a Microsoft, promete ajustar as telas do dia a dia para ‘desfazer’ a distorção de imagem causada por problemas visuais mais comuns.
Isso significa que, no caso de um míope, a tela seria capaz de alterar a imagem de tal forma que seria possível neutralizar a miopia, corrigindo a imagem visualizada. Seria como colocar seus óculos na tela a ser vista, e não no seu rosto.
Na minha experiência de mais de 15 anos de óculos (que felizmente ficaram para trás graças a outra tecnologia, o LASIK), isso pode ser interessante para as pessoas que possuem uma visão boa para o dia a dia, mas que precisam usar as lentes quando fazem um esforço visual maior, como ao usar o computador, ler um livro ou assistir TV – os famosos “óculos de leitura”.
Segundo os pesquisadores, que devem apresentar a descoberta em uma conferência internacional em Vancouver, no Canadá, essa tecnologia utiliza um algoritmo que distorce a imagem de acordo com a prescrição oftalmológica de cada usuário, e que funciona em conjunto com um filtro de luz que é colocado na frente da tela em questão. O algoritmo é capaz de alterar a luz em cada um dos pixels da tela, e quando os raios luminosos passam pelos pequeninos furos do filtro de luz, eles chegam à retina do observador de tal forma que é possível corrigir a distorção causada pelo olho. Já deu para perceber que é algo bem individual, né? Por enquanto, valeria apenas para objetos de uso bem pessoal, mas já ajuda bastante.
Além disso, um dos principais beneficiados pela nova técnica seriam os pacientes que não conseguem tratamento através de (ou apenas de) lentes corretivas, como é o caso de alguns defeitos físicos dos olhos.
Essa nova tecnologia provavelmente não acabaria com o uso das lentes corretivas, já que resolve a falta de ‘nitidez’ apenas das telas luminosas e não do restante de interações visuais com o mundo, mas pode ser uma importante revolução para quem precisa ou quer usar telas e tem problemas mais sérios do que os meus míseros 1,5 graus de hipermetropia de alguns anos atrás.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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