Poxa vida. Um balão gigante com tecnologia de ponta, levando um telescópio para detectar raios gama invisíveis ao olho humano, deveria voar sobre a Antártida por 100 dias. Esta seria a missão mais longa e mais ambiciosa da NASA com um balão científico, mas ele começou a vazar quase que imediatamente, derrubando toda a missão com ele.
O instrumento a bordo era o COSI, ou Espectrômetro e Imageador Compton. Ele estava à procura de raios gama que emanam de buracos negros, de pulsares e de outras coisas interessantes no cosmos.
Além disso, o COSI foi levado ao alto por um novo balão de superpressão da NASA, que deveria ficar no ar por mais de 100 dias para esta missão, o dobro do recorde atual. O enorme balão pesa 2.300 kg e tem um volume de 532.000 m². Ele foi lançado em 28 de dezembro na estação McMurdo, na Antártida.
Mesmo sendo bastante avançado, o balão começou a vazar em seu primeiro dia no ar. Em vez de arriscar, a equipe interrompeu a missão no segundo dia, e a carga pousou suavemente a 560 km de McMurdo.
Na semana que vem, a equipe espera voar até o local e recuperar todos os dados e hardware do COSI. Sem saber o status dos equipamentos, é difícil dizer o que deu errado ou o que ainda pode ser aproveitado.
Os cientistas que trabalham no COSI tiveram uma sequência infeliz de má sorte. O balão deveria ter sido lançado em 2013, mas isso foi adiado porque o governo americano entrou em paralisação nesse ano, prejudicando a temporada 2013-2014 de pesquisa na Antártida. E antes disso, em 2010, o antecessor do COSI despencou no deserto da Austrália.
Que este ano seja melhor para o projeto. [Nature e COSI Blog]
Imagem: COSI e seu balão no lançamento via YouTube
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