Esta história vai fazer muita gente dar mais atenção aos endereços de e-mail destinados à comunicação com os consumidores. Aquele contato@ ou faleconosco@ nem sempre são a primeira prioridade do empreendedor, mas eles renderam o primeiro aporte financeiro ao pessoal da Sambapix, segundo me contou Marco Ribas, um dos fundadores.
“Nós acabamos de fechar nosso primeiro investimento de fora, este mês, com um executivo do mercado financeiro que prefere não revelar seu nome”, contou Marco. Segundo ele, o executivo era cliente da startup e enviou uma mensagem pelo faleconosco para saber mais sobre a companhia. Conversa vai, conversa vem, ele decidiu fazer um aporte –o valor não foi divulgado. “Agora ele é nosso sócio.”
Lançada em junho do ano passado, a Sambapix tem a proposta de fazer produtos de fotografia baseados em materiais que os usuários colocam no Instagram e no Facebook. A abordagem, diz Marco, é descolada, voltada para um público mais jovem. “São produtos mais premium, com essa pegada jovem”, explica.
A companhia foi criada por Marco e seu sócio, Wilson Vasconcelos, que trabalhavam no mercado de consultoria e financiaram a startup com seu dinheiro próprio. “A gente até começou a conversar com investidores no começo, mas aconteceu algo muito legal: no terceiro mês, já tínhamos faturamento para pagar nossas contas, então decidimos continuar remando assim”, conta. Isso até a chegada do cliente que virou investidor.
Agora, com a grana extra, a Sambapix quer expandir seu time e lançar novos produtos, com o foco em fotos para serem usadas como decoração em casa. “Vamos lançar vários produtos com esse foco de impressões para colocar na parede. No segundo semestre, também devemos disponibilizar uma solução para livros de fotografia”, conta. Até o final do ano, a startup também quer já ter seu site em inglês e começar a pensar no mercado internacional.
Explosão ou crescimento orgânico?
A Sambapix não cresceu de maneira explosiva, como várias startups, e eles estão “bem resolvidos” com isso, segundo Marco. “A gente foi pelo caminho do bootstrap e acreditamos muito nesse crescimento orgânico que tivemos, no boca a boca”, conta.
Ele lembra que a equipe por trás da startup bateu muito a cabeça antes de acertar a melhor cadeia de produção para seus produtos. “Toda a questão de produção, logística… Nós precisamos aprender muito, foi duro, mas hoje temos uma empresa sólida”, diz. “Não éramos da indústria da impressão, então não imaginávamos que alguns relacionamentos com fornecedores seriam tão difíceis inicialmente.”