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O dilema da inovação e por que precisamos mudar nosso negócio


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Artigo por Gustavo Travassos*

Não é à toa que uma das principais obras de referências em inovação no mundo se chama “O Dilema da Inovação”, livro do professor de Harvard e especialista no tema, Clayton Christensen. Tive o prazer de conhecer sua teoria exatamente num estudo nesta universidade americana, quando discutimos os princípios do professor: ele mostrou o que é e como surge a inovação de ruptura, aquela em que o empreendedor, em vez de vencer os demais concorrentes no jogo, muda as regras da competição. A inovação, mais do que nunca, transformou-se numa condição para que um negócio sobreviva. Persegui-la, portanto, não é uma opção.

Quando, através da Maxtrack, tornei-me empreendedor Endeavor, órgão que apoia empreendedores de alto impacto, defrontei-me com este dilema da inovação: era preciso criar algo escalável, o que é muito difícil quando se trata de empresas de hardware. Percebendo a necessidade de criar um modelo de negócios novo – com uma cultura originalmente voltada à inovação, com processos de gestão modernos, ágeis e criativos (Design Thinking, Scrum, Canvas), com menos níveis hierárquicos, delegação de poderes de decisão e com a conjunção de interesses pessoais e profissionais (empowerment, intrapreneur) -, vi que era o momento de criar uma empresa disruptiva. Então, partindo para um novo projeto (sem deixar o anterior à deriva, claro), abri uma startup, a Denox. A empresa chegou ao mercado com a proposta de prover paz de espírito às pessoas por meio da segurança e da automação.

Hoje, após um ano e meio no mercado, a Denox já criou novas ferramentas para o uso da tecnologia de internet das coisas, como uma central de alerta entre moradores e vizinhos, mecanismos para empresas terceirizadoras de mão de obra monitorarem a entrada e saída de funcionários, e agora se prepara para lançar seu e-commerce.

Muitos me perguntam o que me fez, de certa forma, deixar uma empresa bem-sucedida para iniciar um novo negócio. Como todo empreendedor, tenho perseguido um modelo que tenha perenidade. Esse olhar para o futuro me fez ver a necessidade de investir em uma empresa que já nasce com a cultura da inovação: a Denox tem no seu DNA a urgência de mudar paradigmas, tornar viável um novo modelo de relação das pessoas com a automação e a segurança, com qualidade, baixo custo e escalabilidade. Além disso, com uma equipe formada por empreendedores internos capazes de testar rápido novos produtos (e falhar rápido, se for o caso), com remunerações e premiações atreladas a resultados. O que nos move é o desejo de criar uma experiência inovadora para os clientes. E todos saem ganhando com isso. Na prática, cada um assume a missão de inovar, fazer o melhor e não desistir.

Este novo modelo de negócios não nasceu num estalar de dedos, assim como a inovação é um processo contínuo, incansável, e não uma mágica. Tive apoio da Endeavor, Fundação Dom Cabral e uma rede de centros de pesquisa (Harvard, MIT, Cornell-Queens, Maryland, Stanford) com os quais foram feitos trabalhos de curta duração para investigar novas possibilidades para produtos e mercados, de forma a promover a inovação. Como processo interno e de criação, estabelecemos na Denox uma série de ritos que nos fazem repensar nossos modelos e ações. Convidamos especialistas e discutimos nossas estratégias à luz de temas como gamification e big data.

Para se criar uma empresa que tenha, realmente, a cultura da inovação, é preciso envolver as pessoas. Elas devem estar focadas, revendo e reinventando seus processos, produtos ou serviços, buscando melhorias para o cliente e a organização. Esta busca incessante e contagiante é um motor para alcançar maior eficiência e melhores resultados. Para que o ambiente da empresa seja inovador, é preciso apoio da alta gestão e investimento, para que as pessoas tenham tempo para pensar e criar. Isso não compromete a produtividade, ao contrário, é o caminho para que a empresa se diferencie e saiba extrair do seu meio informações essenciais para sua competitividade. A inovação não é um ato genial. É uma forma de aceitar que sempre existe algo melhor; é uma posição humilde diante do conhecimento.

*Artigo por Gustavo Travassos, empreendedor Endeavor, sócio-fundador da Maxtrack e da startup Denox

Imagem: Colours of Life via Shutterstock

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