Todo produto, dos menores aos maiores, passa por testes antes de entrar em produção. Quando falamos dos gigantescos, esses testes são de acordo com sua magnitude. Já pensou como a marinha dos EUA determina se o projeto de um navio de guerra, novo torpedo ou porta-aviões é viável? Pois bem, eles usam uma piscina enorme – ou uma miniatura do oceano, o que você preferir.
O Centro de Guerra de Superfície Naval, no subúrbio de Maryland, em Washington DC, abriga uma grande piscina, do tamanho de um campo de futebol e com 45 milhões de litros d’água. Ela conta, ainda, com 216 placas de ondas de última geração controladas por motores que, por sua vez, são sincronizados via software.
Essa configuração permite, com o apertar de um botão, recriar com precisão oito condições típicas dos oceanos, da calmaria a tufões, a fim de verificar, antes de entrarem em produção, se os navios bilionários não afundarão. Mudar um cenário completamente demora 20 minutos e, do mais intenso às águas calmas, ou seja, para voltar ao estado natural, o sistema todo leva apenas 30 segundos.
Essa piscina automatizada substitui uma prática que data dos anos 1960, quando a marinha enviava a oceano aberto pequenos modelos controlados remotamente e que emitiam relatórios climáticos em tempo real. Esses eram, então, reproduzidos por um sistema de ondas pneumático. Nada eficiente, e um tanto caro.
De tão sofisticado, o reformado sistema pode fazer coisas que não acontecem na natureza, como criar ondas que lembram o alfabeto. Mas o foco é outro: manter-se fiel aos oceanos para observar como réplicas feitas de fibra de carbono lidam com intempéries. Veja o piscinão da marinha dos EUA em funcionamento no vídeo abaixo: [Smithsonian]
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