Por Paul Marks – New Scientist
O Watson, supercomputador da IBM vencedor do Jeopardy, pode virar um serviço baseado na nuvem onde as pessoas farão consultas acerca de diversos problemas, anunciou a empresa. “O Watson virará um conselheiro e um assistente para todos os tipos de tomadas de decisão profissionais, começando com a saúde e então indo além,” disse John Gordon, Gerente de Soluções de Marketing do Watson na IBM, em Nova Iorque.
O Watson é um supercomputador modular feito de pelo menos 90 servidores com 16000 GB de RAM, o que concede ao seu esperto software de aprendizado um latifúndio de memória para interpretar o significado de perguntas feitas a ele com linguagem natural. Como a New Scientist revelou mês passado, a habilidade do Watson de refinar e encontrar sentido em centenas de evidências, revisar papers de pesquisas sobre o câncer e diretrizes clínicas já se provou ser uma ajuda poderosa no diagnóstico para oncologistas — em testes, pelo menos.
Além de melhorar as capacidades de aprendizado do Watson para aumentar a gama de opções que o sistema dá aos médicos (incluindo nuances dessas para atender as preferências dos pacientes, como escolher uma quimioterapia que não cause queda capilar, por exemplo), a corrida agora na IBM é para estender a disponibilidade do sistema.
“Queremos uma exposição maior para o Watson. Queremos que médicos de todo o planeta possam usá-lo,” diz Gordon. “E agora estamos buscando por formas de distribuir o Watson como um serviço para assegurar que ele será algo bastante acessível e que dispensará um nível significativo de investimentos em tecnologia por parte do usuário.”
“Esperamos expandir o foco do Watson distribuindo-o como um serviço baseado na nuvem. Temos um número de outras áreas de aplicação sendo avaliadas.”
Quaisquer que sejam essas aplicações que a IBM decida por usar, com a nuvem já tornando o espaço em computadores disponível para nós de maneira similar à eletricidade ou água, será fascinante ver se a inteligência artificial será a próxima commodity a chegar até nós.
Imagem por IBM/AP/Press Association Images