As empresas precisam sonhar? Ricardo Guimarães acredita que não. “Empresas têm metas, quem sonha são as pessoas”, disse no início da apresentação. E logo propôs uma reflexão: “Quais são os seus valores e suas crenças que permitem que você analise criticamente uma situação?”.
Paulo Lima contou como lidou com isso no momento da fundação da revista Trip: “Eu nasci em uma época em que todo mundo competia para crescer e vencer na vida. E eu fundei a Trip com um pessoal que percebeu que esse pacote é vazio. Hoje isso está evidente”.
Para explicar como isso funciona, Ricardo preferiu falar de crenças: “Se você deixa de seguir suas crenças e seus valores para perseguir metas, você vai atrair um monte de gente que alcança metas, mas aí já desvirtuou sua empresa”.
Paulo mostrou uma visão um pouco diferente: “Eu acredito em relações mais humanas, não apenas nas empresas, mas no mundo. A forma como eu trato o vigia da minha rua é como eu trato o vice-presidente da minha empresa”. Para ele, empresários como Steve Jobs trabalham com uma “lógica atrasada”, na qual “só existe espaço para winners e losers”. Ricardo concordou que essa visão é característica do século passado, e os empreendedores precisam se adaptar a um outro tipo de pensamento. “Nós estamos em tempo real, não há bastidor. Não dá tempo de se maquiar antes de se apresentar, você é o que é”. E completou: “Acabou esse negócio de ‘ou você está em cima ou embaixo’. Hoje a gente sabe que existem milhares de possibilidades além disso”.
“Se você deixa de seguir suas crenças e seus valores para perseguir metas, você vai atrair um monte de gente que alcança metas, mas aí já desvirtuou sua empresa” – Ricardo Guimarães