Um dos mercados mais rentáveis hoje em dia é o de maquiagens. Para mulheres, principalmente, o assunto por si só já é sedutor. Mas para quem trabalha a comunicação de marcas de cosméticos e tem a obrigação de diferenciar umas das outras, me parece que o desafio é comum a todas: como não ser fútil e superficial falando de um produto que tem, como principal objetivo, melhorar a aparência?
Esta semana, foi lançada uma campanha brasileira que tem uma proposta um pouco diferente (e na minha visão, mesmo visando vendas, nobre). Mostra como a aparência pode estar relacionada à autoestima, saúde e preconceito. E fez nascer uma coleção de batons da ONG Operação Sorriso, que gerará fundos para viabilizar mais cirurgias reparadoras de lábio leporino em crianças.
Dá uma olhada:
A campanha não tem nada de realmente inovador, funciona como Mc Lanche Feliz: você compra e parte do dinheiro vai pra ONG. A parceria sim, de certa forma, é inédita: misturar glamour e beleza com uma causa social e de saúde ainda não é uma combinação muito explorada pelo mercado. E aí está o mérito.
Para maníacas por maquiagem, uma desculpa a mais para gastar. Para maníacos por ONGs, uma forma mais sedutora de pedir doações.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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