Artigo por Tatiana Botta*
Já ouviu falar que as pessoas se demitem do chefe e não da empresa? Isso é mais comum do que parece. Tenho ouvido profissionais queixarem-se da relação com os chefes desde sempre. Se você ocupa cargo de liderança, sabe o que digo. Os funcionários queixam-se das mais diversas questões, que vão desde assédio moral, até o completo descaso.
E porque isso acontece? Nossa cultura – como algumas outras – não pensa em planejamento estratégico e, sendo ainda mais específica, gestão estratégica. Em se falando de gestão estratégica, podemos entender que o certo seria pensar no que se deseja para o futuro e então trabalhar apenas no presente, certo? Mas porque isso não funciona na prática?
Os gestores de hoje passam mais de 90% do seu tempo resolvendo questões do dia-a-dia (problemas com clientes, problemas técnicos e/ou de produtos, atendendo a demanda dos chefes, correndo atrás dos números não alcançados). Desse modo, é fácil imaginar a rotina de um gestor: correndo atrás de metas, sem fazer análises prévias ou mapear falhas, planejando o futuro. Pensar em estratégia parece utopia. Então, esse hábito de pensar somente no imediato, se reflete no modo de gerir pessoas.
Pensando em melhorar a gestão, evitar que seus funcionários peçam demissão de você e melhorar a sua vida, aí vão 7 dicas para evitar os erros mais comuns de um líder:
1. Não planejar
É hábito comum preocupar-se com o fechamento do mês, somente na última semana. Procure planejar-se, entender os negócios fim a fim, mapear as oportunidades enquanto ainda são apenas prospects. Isso vai deixar você e seus funcionários mais tranquilos.
2. Não treinar
Exigir que seus colaboradores sejam experts apenas pressionando pelo número não é o caminho certo. Separe tempo para treiná-los, para entender como está o processo de atuação deles. Entenda o perfil de cada um. Isso vai se refletir no sucesso desta e da dica 1.
3. Falar sozinho
Permita que seus funcionários tragam ideias, que mostrem, na prática o que os clientes querem. Isso vai deixá-los mais confiantes e, de quebra, melhorar seus resultados.
4. Não dar feedback
Mesmo as pessoas mais experientes precisam de feedback, por isso não deixe que a corrida pelas metas te afaste do contato com seus colaboradores. Esteja próximo, mapeando possíveis desvios desde o início. Depois não adianta vir com uma bronca gigantesca. Feedback é feito para ser dado sempre.
5. Expor
Ninguém gosta de ser exposto, humilhado. Por isso, saiba conduzir uma reunião de modo a cobrar, mas não constranger. Se você não confia no seu colaborador, é mais justo decidir não ficar com ele. Nada justifica o assédio moral.
6. Não confiar
Se seu funcionário lhe traz uma informação confie ou acompanhe para ajudá-lo a ser mais assertivo. É a mesma regra da dica anterior. Ou você confia, ou não. Não existe meia confiança.
7. Não entender as diferenças
Cada um tem seu jeito, por isso deixe que sejam do jeito deles e não do seu. Acredite nos resultados e não no modo de consegui-los. Muitas vezes o discurso deles é melhor do que o seu. Além disso, se você estiver próximo de sua equipe, entenderá o modo de cada um funcionar. Ter um time heterogêneo é muito bom, até porque os clientes também são diferentes uns dos outros.
*Tatiana Botta, coach especializada em vendas e sócia-diretora da Epifania Coaching
Image: Positive Thinking – Grange Word Collage on Old Fulvous Paper via Shutterstock
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