É difícil não gostar da ideia por trás de Chroma Squad: simular um programa de TV baseado nos seriados japoneses super sentai. Esse fascínio inexplicável que tínhamos (ou ainda temos) em vermos pessoas de armadura e collant coloridos lutando contra monstros é o que atrai ao jogo brasileiro tantos nostálgicos que passavam as manhãs e tardes assistindo Changeman, Flashman, Jaspion e outros na extinta Rede Manchete.
Apesar da frase “Inspirado nos Power Rangers da Sabam” estampada no título do jogo (e que foi resultado de um acordo entre os desenvolvedores e a empresa), a Behold Studios foi muito além dos jovens da Alameda dos Anjos em suas inspirações, indo direto na fonte dos super sentai e tokusatsu japoneses.
Para sabermos quais desses seriados mais os influenciaram e como eles são homenageados no jogo, conversamos com o especialista nesse assunto dentro da Behold, o programador Guilherme Mazzaro, o Gui.
Com isso montamos essa lista com os cinco super sentai/tokusatsu mais importantes para Chroma Squad. Algumas são influências óbvias, outras nem tanto.
Cybercops
Uma série bastante conhecida do público brasileiro, Cybercops – Os Policiais do Futuro (ou Denno Keisatsu Saibakoppu no original) foi exibida por aqui no início dos anos 90 e influenciou tanto ou até mais do que Power Rangers para criar o conceito de Chroma Squad.
Gui fala que toda a ideia vista no jogo, de dublês que se tornam a atração principal de um show, veio diretamente do seriado. Em Cybercops, os atores que interpretavam os heróis Marte, Saturno, Mercúrio e o vilão Lúcifer eram dublês profissionais e encenavam também as lutas coreografadas de cada episódio.
Outra influência do seriado no jogo se dá nas questões financeiras. No início de Chroma Squad o seu estúdio tem pouca grana para fazer uniformes e tem que se virar com o que tem. O mesmo acontecia com a produção do seriado japonês, cuja qualidade dos efeitos especiais e fantasias eram bem inferiores aos tokusatsus da época.
Um exemplo clássico é que Cybercops deveria ter cinco integrantes e não quatro, como acabou acontecendo. A personagem Tomoko deveria ser a Cybercop Venus, mas por falta de orçamento, não foi possível confeccionar a armadura e tiveram que colocá-la como assistente do esquadrão. Esse é o tipo de situação que aparece frequentemente no início de Chroma Squad.