Uma frase clássica: se você não sabe aonde quer ir, dificilmente vai chegar a algum lugar, e qualquer estrada que você escolher, serve.
Antes de entrar no assunto principal deste texto, é preciso definir o que é branding propriamente dito. Veja um exemplo cotidiano. Pedro foi incumbido de passar no supermercado para comprar umas coisinhas para a esposa. Ela enviou a lista por e-mail. Chegando ao supermercado, ele foi procurar logo o primeiro item da lista: sabão em pó OMO. Será mesmo que Joana, a sua esposa, quis, de fato, recomendar que ele trouxesse o sabão OMO, ou seria qualquer outra marca de sabão? Da mesma forma acontece com a lã de aço, que ultrapassou os limites de ser apenas uma lã de aço e tornou-se Bombril.
Tomando um exemplo mais técnico para definir branding, vamos chegar à conclusão de que diz respeito à gestão de marcas e todas as fórmulas que implicam sua visibilidade no mercado. O nome, slogan, logo e toda a identidade visual formam essencialmente a representação da imagem de uma empresa, produto ou serviço. São sempre símbolos concretos.
Esses produtos citados, ilustrativamente, o OMO e o Bombril, ganharam o que chamamos de status de uma parte pelo todo. Por que quase todo sabão em pó é chamado de OMO e quase toda lã de aço é Bombril? Certamente porque fizeram um trabalho genial de branding: construção, definição e reconhecimento da marca, mesmo quando pouco se falavam disso. A tacada inteligente está em impressionar as percepções do consumidor e a relação que ela passa ter a partir do momento em que leva para casa tal produto.
Nesses pontos entre a relação da marca com consumidor, vários tópicos são levados em conta. Eles passam por fatores racionais, emotivos e sensoriais. Se o cheiro do sabão OMO está ligado a uma situação agradável, como um elogio, por exemplo, a condição sensorial fica aguçada e marcada para quase todo o sempre. O sabão passa a ser um produto referência. Quando o uso da lã de aço Bombril é um hábito passado de mãe para filha, temos aí uma relação emotiva, laços fortes que ficam marcados por gerações.
Personal branding está ligado à nossa singularidade. É a promoção da sua marca pessoal a fim de estabelecer a visão que os outros têm de você. Para algumas pessoas, personal branding é pura autopromoção; para outras, reposicionamento da sua condição enquanto profissional aberto às novas oportunidades de negócios financeiros ou não. Outros dizem que é autoaperfeiçoamento, esse último vale detalhar melhor.
Dica fácil: conheça antes de qualquer coisa a si mesmo. Os homens aprendem constantemente a partir das suas experiências. Você é o seu próprio líder. Não há um padrão de liderança, pois do contrário todos seriam iguais e isso não seria interessante em uma coletividade.
O escritor Kevin Cashman define o autoaperfeiçoar como algo “intersuperficial”. Em seu livro “Liderança Autêntica – De dentro de si para fora”, ele acredita que você cria a pessoa e cria o líder de si mesmo. Para ele, comprometer-se com o autoaperfeiçoamento significa comprometer-se com mudanças. Isso significa superar aquelas coisas que vêm lhe atrapalhando, como certas emoções e maus hábitos. Assim que você lidar com seus velhos maus hábitos, poderá se comprometer com o presente e o futuro.
À medida que você se transforma, melhorando, tudo ao redor parece ter outro sentido. Para isso existem explicações baseadas em alguns tópicos da Programação Neuroliguística (PNL), que estuda processos conscientes e inconscientes que se combinam, capacitando as pessoas a fazerem o que fazem, respeitando as percepções individuais e, consequentemente, seus comportamentos.
De acordo com Gregory Bateson, antropólogo especialista em cibernética, as técnicas de PNL podem ser utilizadas com sucesso no mundo dos negócios, para potencializar e dinamizar ações que melhorem a influência, a capacidade de liderança, a comunicação, o empreendedorismo, visando à melhoria dos processos produtivos, melhor definição de metas, objetivos e maior capacidade de controle para se alcançar êxito no desenvolvimento organizacional.
Pergunte-se:
- “Qual é a minha habilidade?”;
- “Eu gosto de fazer isso?”;
- “Eu vou ser feliz trabalhando com isso?”.
Tendo essas respostas na ponta da língua – o que não chega a ser uma tarefa fácil, as coisas podem melhorar. É de suma importância saber o que você quer ser – não somente quando “crescer”, mas neste instante. Ter autoconhecimento pode ajudar em muitas áreas da vida, principalmente na profissional. Ele puxa automaticamente o autoaperfeiçoamento, uma vez que se conhecendo bem, pode-se notar os pontos fortes e fracos, onde esses últimos podem ser trabalhados de forma a desenvolver-se a fim de estabelecer novas parcerias suas com você mesmo.
Pensemos juntos, se vemos por aí muitas pessoas qualificadas, seguras do que podem fazer e determinadas sem emprego, imagina então o contrário: um indivíduo que ainda não saiu de lugar algum rumo ao nada, ou seja, sem foco e sem disposição para arriscar novos rumos, sem interesse de enxergar o mundo globalizado à sua frente, no qual ele está inserido, podendo ser agente direto e potencializador das suas habilidades.
Quando alguém está desempregado e bate à porta de um empregador e esse pergunta o que ele faz e ele responde “qualquer coisa!”, significa que ele não está preparado para nada. O mercado de hoje exige um novo profissional: bem informado, inteligente e decidido a fazer a escolha certa. E isso pode ser um singular desafio para o profissional atento aos novos métodos de avaliação profissional.
O personal branding vem nesse ponto para diferenciar esse sujeito. É preciso pensar em você mesmo como uma marca. Lembra-se da definição de branding lá do início? Identidade, história e uma imagem bem construída? Pois bem. Você é um produto e cabe a você gerenciar e administrar sua própria marca como se fosse uma empresa, que precisa zelar pela sua imagem e reputação.
Um pensamento deve estar bem firme: você é uma marca de valor único. Precisa fundamentalmente comunicar bem sua identidade. É importante lembrar que imagem é o que os outros vão perceber de você, identidade é aquilo que você constrói e o que deseja que os outros enxerguem a partir do que você apresenta: valores pessoais, conduta de vida e competências. Esses aspectos são os diferenciais, o que vai destacar você de outros profissionais.