Podo é uma câmera que cabe na palma da mão. Ela é conectada via Bluetooth e controlada pelo smartphone através de um aplicativo gratuito. Para usar, basta grudá-la em qualquer superfície. Possui uma base de sucção acoplada e maleável, para que você encontre o ângulo perfeito.
A câmera é compatível com Android e iPhone. Em seu aplicativo, você pode prever a foto, alterar o enquadramento e escolher qual formato prefere reproduzir: foto, vídeo, timelapse ou gif. A resolução máxima é de até 8 megapixel para fotos e de até 720p para vídeos. No total, o produto aguenta duas horas de bateria ininterruptas e suporta até 4GB de memória.
Câmera Podo gruda em qualquer superfície e é controlada por um aplicativo gratuito para Android e iPhone.
O projeto está buscando financiamento coletivo através do Kickstarter. Lançado esta semana, Podo já conseguiu arrecadar mais de $93,000 – quase o dobro do objetivo de $50,000 anunciado. Se tudo for como previsto, a entrega dos produtos irá começar em agosto deste ano. O lance que você deve dar para comprar a câmera está entre $79 e $99.
Além dessa campanha, Podo também conseguiu arrecadar investimentos de $1.5 milhão através da incubadora de startups Highway1, visando a produção do produto em larga escala e entrada efetiva no mercado.
Pelo o que podemos notar da comunicação do projeto, Podo se posiciona como uma alternativa ao “pau de self”. Segundo Eddie Lee, presidente da empresa, a câmera foi feita para usuários assíduos do Instagram, que registram cada momento e se esforçam ao usar a criatividade na hora de enquadrar, escolher filtros e brincar com cores.
“Por vir em opções coloridas, tamanho compacto e preço baixo, Podo é uma melhor opção para tirar fotos com amigos do que um self stick.” – Eddie Lee, CEO Podo.
Difícil entrar na discussão do que seria mais adequado, um self stick ou uma câmera que gruda em qualquer lugar, sem necessitar de suporte. Enquanto o primeiro tem a vantagem de justamente não precisar ser colocado em lugar algum, o segundo tem certo frescor pelas possibilidades criativas. Saindo dessa obsessão por selfies, Podo pode até ser vista como uma opção limitada e acessível às câmeras de ação como a GoPro. Sua qualidade não deixa a desejar, tendo recursos bem similares à média de mercado.
Eddie Lee e a própria comunicação da empresa Podo frisa em seguir com um produto que se encaixa nessa avalanche de selfies e afirmação do “eu”. Usa até o mesmo discurso, pescando termos como “congelar os melhores momentos”, “guardar memórias” e “compartilhar nas redes sociais”.
Enquanto a atenção está voltada para essa nova forma de tirar selfies, minha curiosidade ficou presa na interface de um produto inteiramente pensado para ser simples e fácil de usar: a câmera é ligada com dois tapinhas, possui um acelerômetro interno que permite não errar na orientação da foto, seu material de sucção não precisa ficar sendo trocado igual fita adesiva e ainda pode ser lavado à vontade. Há LEDs que piscam para informar que a foto está sendo tirada e a liberdade de formatos dá enorme poder (viva os gifs!).
Por conta de tudo isso, se Podo é ou não melhor do que um “pau de selfie” fica em segundo plano quando penso nas possibilidades criativas que tenho com um produto desses em mãos (ou melhor, grudado por aí).
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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