Gosto do Daniel Hatkoff, o norte-americano que veio conhecer o Brasil, encontrou lacunas no mercado, resolveu criar a Pitzi (como contei em outra matéria) e acabou virando olheiro de outro fundo americano que pretende atuar por aqui. Gosto porque ele pendurou o celular do funcionário dele em balões e soltou pelo céu de São Paulo só pra filmar a paisagem e ver se o aparelho quebra quando cai. Gosto porque no ano que vem ele quer enviar o celular pro espaço. Gosto porque a Pitzi cobra uma pequena mensalidade para resolver de forma simples um grande problema.
Imagem: montagem tosca de Diego Remus sobre foto da Nasa.
Além de enxergar pontos cegos no mercado e fazer perguntas cabeludas (até para mim), além de ser super humilde e pé no chão, determinado e realizador, criativo e surpreendente. Mas gosto mais do Daniel e da Pitzi porque eles não usam as palavras da moda, não encarnam o status quo da bullshitagem fora da caixa, não entram na histeria. Eles são legais porque não parecem legais, e provavelmente são bons por causa disso também.
Um pouco de cultura empreendedora de verdade no artigo que Hatkoff escreveu no blog deles: “Em 1962, o presidente americano John Kennedy surpreendeu o público com a revelação de seu plano para os 10 anos seguintes: mandar o homem para a lua. Ele não sabia como, não sabia por quê. Ele sabia somente que estabelecer metas ambiciosas liberta o potencial humano, incentivando-nos a sonhar e a encontrar soluções àquilo que nem mesmo sabíamos que existia. Com a Pitzi, estamos criando a melhor empresa do mundo de serviços para celulares. Ponto final. Venha se divertir, pois não somos como as outras. Esse celular preso em balões de hélio no céu de São Paulo foi um simples teste. Em 2013, lançaremos um celular no espaço”.