CALMA! Antes que você comece a xingar a gente de tudo quanto é nome, não estamos afirmando que o Felipe Neto é um intelectual e o mais influente do país. Também não estamos dizendo que ele é ruim, tosco ou nada parecido. Nós apenas resolvemos trazer pra vocês um texto que está dando o que falar na webz, a coluna de Ademir Luiz, que saiu na revista Bula.
O colunista traz uma série de hipóteses e fatos pra discutir a questão dos ídolos das novas gerações, principalmente, com o crescimento da internet e tudo mais. Pensando nisso, ele conclui que o vlogueiro não é o mais importante do Brasil, mas, hoje, consegue ser o mais influente.
O que vocês acham disso, manolos? ~Leião~, tirem suas próprias conclusões e deixem seus recados após o sinal nos comentários:
“Se sou um elitista? Sou, sempre fui e sempre serei. O julgamento da maioria está sempre errado. O único jeito de consertar a sociedade é a pau. É preciso manter a cultura, o que resta, acima da canaille”.
(Paulo Francis)
No longínquo ano de 2008, foi publicada na edição de agosto da revista “Playboy”, estrelada pela atriz Carol Castro, uma curiosa entrevista com Paulo Coelho. A chamada de capa é intrigante: “Sou o intelectual brasileiro mais importante”. Sensacionalismo, mas nem tanto. No recheio da revista, o leitor fica conhecendo a fala completa do “Mago”: “Sem dúvida, sou o intelectual brasileiro mais importante. Mas não queria dizer isso porque pode parecer arrogância. Refaz a frase aí de uma maneira que eu não pareça arrogante”. De alguma forma, ainda que tangencialmente, Paulo Coelho, o mesmo homem capaz de afirmar que James Joyce é nocivo para literatura, demonstrou possuir alguma mínima consciência do absurdo de sua declaração.
Era e é inconcebível que ele seja sequer candidato ao título de intelectual brasileiro mais importante. Sua produção, embora composta de uma lista de best-sellers, é culturalmente desimportante. O Brasil já gerou pensadores dignos de figurar no primeiro escalão mundial, como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Joaquim Nabuco, Mário Ferreira dos Santos, Euclides da Cunha. Também tivemos divulgadores de altíssimo nível, como o exportado Paulo Francis e o adotado Otto Maria Carpeaux. Dentre os vivos, a coroa é disputada por medalhões do porte de Antonio Candido, Ciro Flamarion Cardoso, Roberto Machado, Oscar Niemeyer e Ferreira Gullar. Autores de obras fundamentais, já integradas ao cânone.
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