Nas últimas décadas, tudo mudou nos nossos computadores. As telas. Os componentes internos. O tamanho, peso, materiais. O software em si, é claro. Mas uma coisa permaneceu do mesmo jeito desde os primórdios: as ferramentas que usamos para controlá-los. Então é até um pouco estranho que nos esforcemos para acabar com elas.
No começo, duas formas competiam para definir como falaríamos com computadores. De um lado, as linhas de comando e a interface gráfica de usuário. Do outro, o sistema que nos dava uma tela que parecia uma área de trabalho e arquivos que pareciam pequenas pastas, que poderiam ser navegadas pelo uso de teclado e mouse. A segunda opção venceu e desde então reina como principal forma de nos comunicarmos com um PC.
Mas ao longo dos últimos cinco anos as coisas mudaram. Chegaram as telas sensíveis ao toque e as formas de interação gestual como o Leap Motion. E ontem a HP apresentou o Sprout, um computador que consiste em monitor touchscreen, uma câmera RealSense 3D, um projetor e um pequeno tapete sensível ao toque para dar muitas opções de interação. E todos eles têm o mesmo objetivo: acabar com o teclado ou mouse.
Deixe nosso mouse em paz
O Sprout é um sistema interessante e estranho que custa US$ 1.900. Ele está sendo promovido como a ferramenta de criatividade ideal para quem não quer usar teclado e mouse: a câmera superior consegue capturar imagens de objetos colocados no tapete, por exemplo, e esse tapete com sensibilidade ao toque em 20 pontos diferentes permite manipular esses objetos entre o próprio tapete e a tela.