Esta semana, o primeiro smartphone da Sharp a ser lançado nos EUA trouxe consigo uma das bordas mais finas que já vimos em um aparelho do tipo. O Aquos Crystal tem um visual que impressiona, e marca um grande passo rumo a um futuro sem bordas que parece estar emergindo. Só tem um problema: bordas são importantes, e ainda precisamos delas.
A borda é a moldura que contém a parte utilizável da tela. Inicialmente, os celulares eram praticamente uma enorme borda: as telas eram pequenas e, como não tinham interação por toque, isso não era problema.
Mas assim que começamos a tocar e deslizar o dedo nas telas, elas ficaram maiores, enquanto as bordas – estruturalmente necessárias para mantê-las estáveis – começaram a ficar cada vez menores.
Segue-se, por alguma lógica, que o próximo passo evolutivo seria se livrar completamente das bordas: a tela deveria ocupar o máximo de espaço possível. Porém ainda falta muito para chegarmos nisso: segundo o Gizmag, a tela do Sharp Aquos Crystal ocupa 75% da área frontal; no LG G3, esse percentual sobe para 76,4%.
>>> Quanto espaço do seu smartphone é ocupado pela tela?
Para alguns, o objetivo é se aproximar ao máximo dos 100%. Há ainda aqueles que defendem uma tela que se expanda até as laterais do smartphone. Estamos muito longe dessa visão, no entanto, por alguns bons motivos.
As bordas são um recurso ergonômico
As bordas não são a parte mais atraente de um celular (ou tablet, ou qualquer coisa com uma tela), mas são detalhes muito úteis para seres humanos. Nossos dedos são desajeitados e ainda precisam de uma certa quantidade de atrito e profundidade para segurar nossos smartphones cada vez mais finos.